Foto: Daniel Guedes/Blog de Jamildo Daniel Guedes A conversa com o senador Armando Monteiro Neto (PTB), nesta quinta-feira (19), ainda não surtiu o efeito que o prefeito do Recife, João da Costa (PT), esperava.

O PTB saiu da reunião do mesmo jeito que entrou: defendendo a tese de múltiplas candidaturas.

No entanto, o gestor petista ainda tem esperança de convencer o partido que outrora integrava o governo da capital pernambucana.

Por sua vez, o senador se disse disposto ao diálogo.

O encontro aconteceu no escritório de Armando, no Recife, e durou menos de uma hora.

Os dois conversaram a sós e depois receberam a imprensa.

Ambos aparentavam satisfação e fizeram um balanço positivo da reunião.

Coube ao prefeito reconhecer a falta de diálogo não só com o PTB, mas também com os outros partidos da base aliada.

Agora, às vésperas do início da campanha para uma possível reeleição, ele pretende correr atrás do prejuízo. “Meu desejo é acelerar esse processo.

Procurei explicar isso para o senador e para o PTB.

Problemas e críticas são para serem resolvidos. Às vezes a gente aprende com os mais experientes.

Procuro aprender ouvindo as críticas”, afirmou.

Monteiro, por sua vez, se satisfez com o mea culpa do prefeito.

Bem humorado, lembrou que o PTB foi o primeiro partido a apoiar a candidatura de João da Costa, em 2008, foi o primeiro partido a pular fora do governo e agora também é o primeiro a ser chamado para o diálogo.

No entanto, ainda bate o pé quando o assunto é a tese de múltiplas candidaturas. “Temos responsabilidades em comum.

Num segundo turno estaremos juntos. (Mas) temos compreensão de buscar também outras possibilidades na Frente (Popular)”, defendeu.

Mas as conversas não estão encerradas e isso dá um certo conforto a João da Costa. “Não diria nunca que no final (esse diálogo de hoje) seja inócuo.

Nada é inócuo quando você dialoga”, disse. “A política é um exercício de esperança”.

O prefeito garantiu que continuará na luta para ser o único nome da Frente Popular na disputa pela Prefeitura do Recife. “A tese defendida pelo PTB é legítima, mas estou trabalhando para que isso não aconteça”.