Por Malu David Em que pese a abertura de dois novos hospitais na Região Metropolitana do Recife, atendendo cardiologia, as emergências do Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco - Prof.
Luiz Tavares – (Procape) e do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) estão superlotadas.
O Procape iniciou uma reforma para troca do piso da área de emergência neste mês de janeiro de 2012,quando deveria ter ocorrido no ano passado, mas a Secretaria Estadual de Saúde (SES) solicitou que a reforma fosse adiada até a inauguração do Hospital Pelópidas da Silveira, Curado/Recife.
Só que o hospital inaugurou, mas não abriu a emergência por falta de equipamentos e insumos que ainda não foram providenciados.
O Procape é referência em cardiologia em todo o Estado de Pernambuco e Estados vizinhos, por isso a emergência não pode fechar, no momento funcionando em área muito restrita, em sua recepção, então deveria haver restrição do atendimento.
Porém, a demanda espontânea para o hospital é muito grande, além dos pacientes trazidos pelo SAMU e ainda alguns casos regulados pela central de leitos.
Os médicos ficam desesperados,com um espaço tão pequeno para prestar atendimento a todos os pacientes que para lá se encaminham.
Não dá para mandar para outro serviço sem uma avaliação prévia e também não tem muito para onde encaminhar.
Os cardiologistas da emergência estão sobrecarregados.
Não menos crítica é a situação que enfrenta o HAM, este da rede própria da Secretaria Estadual de Saúde (SES), teve sua demanda aumentada ainda mais por pacientes que souberam da reforma do Procape, agravando a crise já existente por suas escalas incompletas, leitos de UTI coronária foram fechados.
Os plantões deveriam funcionar com quatro médicos, mas atualmente, a maioria dos plantões, tem apenas dois profissionais.
O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) preocupado com esta situação, marcou reunião com os cardiologistas da Emergência Cardiológica (EC) do Procape para o dia 23 deste mês (segunda-feira), às 19h30 em sua sede e vai marcar também com os cardiologistas do HAM.
Depois solicitará reunião com a SES, com a finalidade de colaborar na solução de tão grave problema.
Por enquanto indagamos: Para onde encaminhar os pacientes de urgência cardiológica?
Malu David é médica cardiologista e diretora do Simepe