CABO DE SANTO AGOSTINHO Sete anos de Governo: caos urbano e social Por Elmo Freitas Presidente Municipal do PSDB Os cabenses assistem ao encerramento de sete longos anos de uma administração que prometia um novo tempo para o município, mas que apesar de receber uma cidade pronta para dar saltos de desenvolvimento econômico e social, inicia o último ano mostrando que se há um novo tempo ele não chegou para todos. É claro que avanços pontuais aconteceram, mas fica evidente que nossa cidade, com o potencial econômico que possui, poderia ter feito muito mais por sua população, especialmente para aqueles que mais precisam do poder público.
A vida real da cidade é bem diferente do novo tempo prometido.
Sem um planejamento adequado e fazendo coisas sem ouvir o povo, a atual gestão faz o Cabo de Santo Agostinho mergulhar no caos social e urbano, apesar da crescente arrecadação.
Para se ter uma ideia, entre 1996 e 2004 a receita financeira da cidade somou R$ 600 milhões.
Já de 2005 a 2010, com o crescimento de Suape, a receita atingiu R$ 1,5 bilhão.
E mais: ao final da atual gestão, agora em 2012, o montante arrecadado em oito anos chegará à fabulosa quantia aproximada de R$ 2,5 bilhões. É muito dinheiro para poucos resultados sociais.
Nenhum governante municipal teve tantos recursos para governar o Cabo de Santo Agostinho em toda sua história.
Com tantos recursos e tantas oportunidades (muitas já perdidas), chegamos ao entendimento que nossa cidade pode fazer muito mais pelo seu povo.
Na cidade que tem a quarta maior economia de Pernambuco os problemas sociais se agravaram.
A violência aumentou e os jovens são vítimas das drogas e da exploração sexual.
O Cabo é a 28ª cidade mais violenta do país no Mapa da Violência do Brasil.
E olhe que o Brasil tem 5.565 municípios.
Apesar de a segurança pública ser dever do Estado, entendemos que o município poderia ser um parceiro mais ativo no enfrentamento da violência se cumprisse seu papel de estruturar políticas públicas preventivas à violência na cidade.
Registra-se o aumento de casos de violência, sobretudo, doméstica e sexual, que vem atingindo meninas adolescentes e mulheres adultas.
Passam de 150 os casos notificados de assédio, abuso, exploração sexual e gravidez indesejada principalmente com meninas e adolescentes.
Até agosto de 2011, já foram realizadas 612 audiências e concedidas 332 Medidas Protetivas para os casos de mulheres vítimas de violência doméstica e sexual.
Dados demonstram que alguns dos indicadores de saúde e de cobertura sofreram quedas já no início da atual gestão.
O Programa de Saúde da Família, que em 2004 cobria 82% da população, caiu para 78% já em 2006.
Certamente, hoje essa cobertura é ainda menor.
A taxa de mortalidade infantil, que em 2005 era de 10 por cada mil nascidos vivos, aumentou para 15 por mil em 2010 (segundo o IBGE).
A média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas, que em 2004 chegou a 1,69, caiu para 1,29 em 2006.
O número mensal de visitas domiciliares que era de 0,71 em 2004, sofreu brusca queda, passando para 0,31 em 2006 (fonte DATASUS).
Entendemos que a educação é peça chave para se garantir um verdadeiro desenvolvimento para o Cabo de Santo Agostinho e é a chave para um futuro melhor para nossa gente.
No entanto, a atual gestão não enxerga desta forma, uma vez que, em sete anos de Governo o numero de alunos matriculados na rede pública municipal foi reduzido irresponsavelmente.
Em 2005 havia mais de 39.000 alunos matriculados.
Já em 2011 o número de matrículas caiu para 29.000, segundo o INEP/MEC, ABSURDO!
Outro absurdo é a constatação de que a atual gestão também não investiu como deveria na qualificação profissional do nosso povo, para que nossa gente pudesse aproveitar as melhores oportunidades de emprego.
Aliás, é bom lembrar que o atual Governo Municipal, logo no seu início, fechou seis núcleos de qualificação profissional que eram mantidos pela Prefeitura.
O jovem cabense que deseja se qualificar precisa pagar muito caro por um curso.
E os absurdos se multiplicam.
O Censo de 2010 do IBGE revela que o Cabo detém o maior percentual de favelas de Pernambuco, com 47,59% dos domicílios em aglomerados subnormais.
Somente na atual gestão surgiram sete novas ocupações irregulares por falta de planejamento.
Significa que quase metade da população vive em ambientes degradantes. É a comprovação de que a atual gestão governa de costas para o povo, fazendo apenas obras de fachada e pintando paredes em locais de grande visibilidade, deixando no esquecimento as áreas mais carentes da cidade. É preciso cuidar da cidade como um todo e em especial daqueles que mais precisam.
Também se confirma que a atual gestão não tem visão de futuro, que não planejou nem preparou a cidade para os grandes investimentos econômicos atraídos por Suape.
Tanto é assim que mesmo integrando territorialmente o Complexo de Suape, o Cabo não acompanha o ritmo de crescimento da região e de Pernambuco.
Estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) revela que a cidade do Cabo aparece num vergonhoso 14º lugar no Estado de Pernambuco, atrás do Recife, de Ipojuca, Petrolândia, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Olinda, Palmares, Petrolina, Sertânia, Igarassu, Bezerros e Cabrobó.
Há resposta aceitável para tantos problemas e descasos com a nossa cidade e a nossa gente? É claro que não, pois os cabenses sabem do grande potencial da cidade e esperam mais dos seus governantes, sobretudo respeito e trabalho que assegure o bem-estar de todos e das futuras gerações. É por essa razão que o PSDB do Cabo de Santo Agostinho apresenta estes dados para que sirvam de bússola a um debate profundo sobre o nosso futuro.
Desde já devemos mobilizar toda a sociedade cabense para, juntos, construirmos um pacto por uma cidade melhor, onde a educação, a saúde, a segurança, a infraestrura e o bem–estar sejam verdadeiramente prioridades; onde homens, mulheres, crianças, jovens e adultos possam ser construtores do seu próprio rumo.
O nosso partido, sob a liderança do deputado Betinho Gomes, convoca você a fazer parte da construção dessas mudanças e de um futuro melhor.
Juntos, podemos muito mais!
Cabo de Santo Agostinho, 17 de Janeiro de 2011,