O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, se reúnem nesta terça-feira (17) em Brasilia para analisar o impacto econômico e social da cana-de-açúcar em regiões semiáridas.

A ideia é, de olho no etanol, ampliar a plantação em regiões de baixo índice pluviométrico.

Trujillo, no Peru, uma das regiões mais secas do planeta, tem bons exemplos de produtividade e serve como modelo.

O programa está sendo elaborado pela Secretaria Nacional de Irrigação, criada no ano passado.

A meta é implantar mais de 200 mil hectares de perímetros irrigados, por meio de parcerias público privadas (PPP).

O investimento deve girar em torno de R$ 10 bilhões com recursos também do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O programa deve gerar quase 500 mil empregos diretos e indiretos.

Perímetros antigos como Nilo Coelho, em Petrolina, e Jaíba, no norte de Minas Gerais, também devem ser beneficiados por este programa.

O segredo do projeto está na técnica de gotejamento.

Estudos apontam que o ciclo de corte da cana, no primeiro ano, ficou mais curto com o gotejamento e passou de 18 para 12 meses, para uma mesma produção (180 t/ha).

A produtividade média no ciclo de 18 meses era de 10 toneladas/ha/mês enquanto, no gotejamento, foi de 15t/ha/mês.

No Brasil, com irrigação apenas para salvamento, a produtividade média gira em torno de 80 t/ha/ano, ou seja 6,6 t/ha/mês.

Em relação ao meio ambiente, a cana-de-açúcar é uma planta do tipo C4, que permite uma eficiência de 100% de retenção do carbono absorvido.