Caberá à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional e que até o início deste ano era presidido pelo irmão do ministro Fernando Bezerra Coelho, Clementino Coelho, a gestão das águas do Rio São Francisco durante os cinco primeiros anos após a conclusão da transposição.

De acordo com Fernando Bezerra, a proposta técnica já está aprovada e até fevereiro a Casa Civil deve finalizar uma avaliação jurídica.

A Codevasf, junto com a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São São Francisco), ficará com 51% do consórcio privado formado por empresas públicas que irá gerir as águas da transposição.

Os outros 49% caberão a empresas estaduais de recursos hídricos de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, beneficiados com o canal que deve ser plenamente concluído apenas em dezembro de 2015.

O ministro esclareceu que, ao contrário do que se especulou na mídia, o custo da manutenção da transposição não será repassado aos consumidores.

Ficará a cargo dos quatro estados contemplados.

Ele informou ainda que até o fim do próximo mês a FGV (Fundação Getúlio Vargas) concluirá o estudo que deve indicar o custo da água para quem a receber.

Bezerra aposta numa redução do valor estimado em 2005, quando foram feitas as primeiras projeções. “Energia é o que mais pesa na composição do custo.

Naquela época, estávamos saindo de um apagão.

Agora temos os custos mais baixos dos últimos dez anos”, pontuou, sem citar valores.