por Cláudia Vasconcelos O prefeito do Recife, João da Costa, ignorou o fogo amigo e foi categórico: “eu sou candidato”.

A afirmação levantou a militância do PT que compareceu neste domingo (14) à primeira plenária do diretório municipal do partido este ano, em Santo Amaro, área central.

O gestor declarou que vai procurar os companheiros divergentes para reafirmar sua decisão. “Tem outras pretensões no partido, é legítimo.

Nós respeitamos e temos que discutir e construir com esses companheiros.

Política não se faz só com a nossa vontade.

O PT é um partido plural, a gente tem que respeitar as diferenças.

Agora, eu vou dizer, quando eu conversar com os companheiros, que eu sou candidato, sim.

E sou candidato porque acho que esse legado, que esses números que estamos apresentando a vocês, justificam e dão argumento”, discursou.

Diante de uma plateia formada por cerca de 300 militantes, João da Costa fez um balanço da sua gestão, inicada em 2009.

Mas foi o tom eleitoral que deu a tônica do encontro.

Em 35 minutos de discurso, o prefeito citou dezenas de vezes a palavra “responsabilidade” para cobrar dos petistas compromisso com o projeto político do partido, pelo qual passa garantir a sucessão no Recife nas eleições de 2012. “Se alguém na militância acha que eu tenho dúvida, pode tirar o cavalinho da chuva.

Eu já disse isso ao diretório municipal, o diretório já aprovou e referenciou que tem essa preferência (pelo prefeito)”, enfatizou João da Costa.

Aos que o acusam de se dedicar pouco à articulação política, ele também deixou seu recado.

Frisou que mantém o diálogo com os 16 partidos que formam a Frente Popular do Recife e que a hora de tratar com eles do processo eleitoral “está chegando”.