No R7 Na representação que protocolou nesta terça-feira (10) na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), pede que o ministro tenha os direitos políticos cassados pelo prazo de oito anos.
Demóstenes defende, além disso, que Bezerra seja proibido de ocupar função pública, como determina a Lei de Improbidade Administrativa em relação a agentes públicos condenados por manipular ilegalmente o dinheiro do contribuinte.
O líder do DEM anexou à representação informações do governo mostrando que o ministro favoreceu Pernambuco com 90% das verbas de sua pasta destinadas à prevenção de desastres naturais.
Há também dados indicando que o ministro liberou 99% das emendas individuais de seu filho e que também burlou a Lei de Nepotismo e o decreto presidencial no mesmo sentido.
Está anexada, ainda, cópia do Diário Oficial mostrando que, 21 dias depois de Bezerra Coelho assumir o cargo, Clementino Coelho - seu irmão - passou a ocupar a presidência interina da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
Segundo Demóstenes, o ministro usou critérios ilegítimos e não republicanos nesses episódios, em clara ofensa ao dever de probidade que deveria conduzir sua atuação como agente público.
O senador quer que as punições previstas pela Lei de Improbidade Administrativa sejam cumpridas nos itens que tratam do ressarcimento aos cofres públicos e do pagamento das multas correspondentes.
Ele desqualificou antecipadamente os possíveis efeitos do depoimento do ministro na Comissão Representativa do Congresso, marcado para quinta-feira (12), lembrando que a maioria da base parlamentar do governo fará de tudo para blindá-lo na ocasião. - Isso não significa nada, já vi ministro corrupto sair daqui aplaudido e no outro dia ser exonerado pela presidente Dilma. É mais um palanque para qualquer coisa do que para se justificar.
Ele tem de sair.