Foto: Guga Matos Endossando o coro iniciado por Humberto Costa, que declarou recentemente que o Recife era a cidade mais importante para o PT em 2012, o deputado federal Fernando Ferro concorda que a eleição municipal na capital do Estado tem, de fato, uma relevância diferenciada.
Mas, diferente de alguns de seus correligionários, o parlamentar prefere não pressionar o prefeito e condutor do processo eleitoral, João da Costa. “O Recife é uma referencia política para o partido em âmbito nacional.
Por isso é que há uma preocupação no debate aqui na cidade.
Acho que o prefeito está correto em não priorizar essas questão eleitoral, mas em algum momento nós vamos ter que tratar desse assunto.
O PT precisa se acertar, mas do que ninguém, o PT precisa se entender internamente sobre a sua conduta político-eleitoral em 2012 em relação ao pleito do Recife”, explicou o deputado.
Contudo, Fernando Ferro entende que o PT não tem todo o tempo do mundo para se entender, pois há um conjunto de partidos que espera exclusivamente por uma definição petista. “Os aliados políticos nossos estão esperando essa definição.
Então está na mão do PT o acerto interno.
Eu acho que o bom senso e a responsabilidade nos cobra um debate político para discutir as tensões que existem entre lideranças no plano municipal, e poder definir, claramente, qual é o nosso projeto e o nosso rumo aqui na cidade.
Está nas mãos do PT a iniciativa política.
Por isso cobramos ao Diretório Municipal a abertura desse debate, para ser feito de maneira tranquila e que internamente nós tenhamos a maturidade a responsabilidade de entender as divergências que têm de condução do processo, mas, acima de tudo, de buscar um caminho político unitário.” Para Fernando Ferro, a prioridade nas conversas do partido deve ser, sempre, a manutenção de uma relação harmônica na Frente Popular, pois a ela é que o deputado credita os méritos da atuação tanto de João de Costa, quando de Eduardo Campos. “É preciso dar segmento a esse momento positivo que a cidade do Recife vive.
Eu acho que o Recife está se desenvolvendo e superando as dificuldades.
Essa aliança que nos fez governar o Brasil, Pernambuco e o Recife tem que continuar, e isso deve ser o eixo central do debate e a referência para as nosas discussões”, contou o deputado.
Unidade e entendimento não significam consenso ou unanimidade em torno de um nome.
Ferro reconhece a legitimidade das várias postulações ao posto mais alto no município, mas faz questão de defender com todas as forças que os interesses pessoais não devem se sobrepor aos coletivos e ao projeto político que tem transformado radicalmente a cidade. “Todas as figuras e personalidades têm direito às suas pretensões, são legítimas.
Mas existe um projeto coletivo construído com muita dificuldade que deve estar acima das veleidades pessoais, vaidades e interesses pessoais.”