Da Assessoria do PPS O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), protocolou nesta quarta requerimento em que cobra explicações do Ministério da Integração Nacional sobre o repasse de 90% dos recursos voltados a obras contra enchentes ao estado de Pernambuco.

O parlamentar considerou grave o eventual uso político do dinheiro público.

Está nas mãos do presidente da Comissão Representantiva do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), a decisão de despachar o documento.

Diz a Resolução número 3 de 1990 que compete ao colegiado enviar pedidos neste sentido a ministros de Estado.

Para Bueno, é grave a denúncia de que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, teria feito uso político ao distribuir recursos financeiros ao seu estado-natal (Pernambuco) da verba que a União destina para minimizar os efeitos de catástrofes naturais, como as chuvas que atingem diversas regiões do país neste instante. “O dinheiro do contribuinte, para estes casos, deve e precisa ser aplicado levando em consideração critérios técnicos e não ser usado para atender as vontades eleitorais de ministro ou de quem quer que seja”, reforçou.

Rubens Bueno afirmou que o privilégio a uma determinada unidade da federação é uma afronta a todos os brasileiros, sobretudo àqueles que vivem em regiões de risco no país.

O deputado lembrou que o governo federal faz pouco para evitar as catástrofes naturais e, por consequência, a morte de pessoas inocentes. “Basta ligarmos a TV ou lermos as notícias dos últimos dias.

As enchentes e os deslizamentos estão ocorrendo diariamente em vários estados e não apenas em Pernambuco.”, criticou.

Segundo o líder, o ministro Fernando Bezerra deveria agir de forma impessoal e se preocupar com todas as regiões que possuem carência de investimento e sofrem com os efeitos dos desastres naturais. “Acho muito grave o fato de o ministro remeter tantos recursos a uma única unidade da federação.

Parece que ele está mais preocupado com as eleições em seu estado do que com os desastres que atingem o restante do país.

Ele foi escolhido para atender o Brasil como um todo.

O ministério que ele comanda serve para isso, integrar o país e não para separar”, afirmou.