Em dois comentários, no twitter, abordou a polêmica (na minha opinião falsa) em torno das aplicações de recursos do Ministério da Integração Nacional. “Por que os outros governadores não reclamam do privilégio a Pernambuco nas verbas a enchentes?”, questionou. “Por que a oposição em geral se cala?

Porque Eduardo Campos, gov de PE, é o sonho de consumo do PSDB”, completou.

Será?

Loteamento irregular DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo A ordem da presidente Dilma Rousseff para que sejam adotados critérios técnicos na distribuição de recursos para prevenção e combate a enchentes nos Estados é um gesto alentador.

Traduz atenção e conexão com o que se passa no País, ainda que a chefe de Estado esteja em férias, além de marcar positivamente mais uma distinção comparativa com o governo antecessor, que preferia ignorar ou brigar com as más notícias.

Dilma reagiu à revelação, feita pelo Estado, de que 90% das verbas de prevenção e combate a enchentes do Ministério da Integração Nacional foram destinadas para Pernambuco - onde o ministro Fernando Bezerra será candidato a governador.

Desalentador, porém, é o fato de que a ação da presidente tenha caráter meramente simbólico, uma vez que a determinação para que as liberações passem a ser feitas sob o crivo da Casa Civil não anula a prática da influência política.

A força do governador Eduardo Campos, como aliado de primeira linha, junto ao Palácio do Planalto, não será por isso minimamente abalada e, portanto, o potencial de desequilíbrio no tratamento dado a este ou àquele Estado permanece inalterado na prática.

Tanto que, segundo o ministro, a liberação foi devidamente discutida da Casa Civil e no Planejamento, com o conhecimento da presidente.

Além disso, só a necessidade de existir uma ordem expressa da presidente para que sejam observados critérios técnicos na distribuição de recursos já diz quase tudo sobre a distorção do modelo de coalizão governamental em vigor.