foto: o globo A reforma pontual que deverá ocorrer nos ministérios em janeiro poderá ser acompanhada de uma dança das cadeiras nas lideranças do governo no Congresso.
O principal foco de disputa entre setores do PT é a vaga de líder do governo na Câmara, ocupada por Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Na esteira dos atritos entre ele e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, petistas afirmam nos bastidores que as chances de Vaccarezza permanecer no cargo são pequenas e tentam trabalhar outros nomes para a vaga.
O mais forte é o do atual líder do PT, Paulo Teixeira (SP).
Diante do que muitos chamam de “curto-circuito” na relação de Ideli com Vaccarezza, Paulo Teixeira aproximou-se da ministra e conduziu algumas articulações importantes na Casa.
Entre elas, a que garantiu o quorum da bancada do PT para a contagem de prazo da emenda que prorrogou a DRU (Desvinculação de Receitas da União) até 2015.
O líder petista também atuou nas negociações do projeto que cria o Fundo de Previdência do Servidor Público (Funpresp), conquistando a confiança de líderes da base aliada.
Apesar do trabalho nos bastidores, os petistas evitam assumir publicamente a defesa de Paulo Teixeira para a vaga, cientes de que a decisão cabe à presidente Dilma Rousseff.
Outro nome lembrado é o do relator do Orçamento da União de 2011 e ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Ele se cacifou evitando a pressão para conceder aumentos para o funcionalismo, atendendo a apelo de Dilma.
Vaccarezza afirma que desconhece qualquer movimentação para sua saída do cargo: — Tomei conhecimento dessas notícias pelos jornais.
Minha relação com a presidente Dilma sempre foi cortês, profissional.
Dilma nunca fez queixas sobre a minha atuação e não tenho conhecimento de que ministros tenham feito.
A minha postura é de não responder a isso.
Oficialmente, Ideli e Vaccarezza mantiveram neste ano uma relação profissional.
A parlamentares, Ideli tem dito que não cabe a ela se manifestar sobre esta questão.
Nos bastidores, no entanto, os dois não escondem o desconforto da relação cada vez mais atritada.
Vaccarezza tem o apoio de outros líderes da base aliada, que ressaltam sua lealdade e compromisso com os acordos firmados, mesmo que tenha que se desgastar com o Executivo.
Os líderes aliados atestam o movimento de Ideli Salvatti para minar a força de Vaccarezza, e muitos estão dispostos a apoiá-lo publicamente. — O governo nunca aprovou tantos projetos na Câmara como neste primeiro ano da presidente Dilma.
E foi porque o tripé Vaccarezza, Jucá e Ideli agiu bem.
Diz o ditado popular que em time que está ganhando não se mexe — diz o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.
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