Devido às inúmeras manifestações de carinho e confraternizações, aquela que pode ser a época mais feliz do ano para algumas pessoas é entendida exatamente de forma contrária para outras.
Segundo a psicóloga Ana Coeli Assmann, muitas vezes, isso se dá com indivíduos deprimidos, que estão em crise ou passando por um momento de melancolia ou tristeza.
A profissional explica que uma das principais causas é que o período do ano leva as pessoas a fazerem uma reflexão de suas vidas. “Às vezes, elas se lembram de insucessos ou fracassos, o que acabam por não suportar e, num momento de mais fragilidade, caem numa tristeza profunda”, detalha.
Outros motivos para o surgimento do problema podem ser a perda de entes queridos, desemprego, doenças ou separações.
Dica importante para tentar evitar esse sentimento é se cercar de pessoas que possam proporcionar momentos de alegria e não se isolar. “Fim de ano é uma época de muito consumo e, em muitos casos, a pessoa não tem condições financeiras para gastar.
Isso pode ocasionar uma depressão. É fundamental as pessoas não se deixarem influenciar por consumismos.
Se não têm condições de ter uma mesa farta ou de fazer trocas materiais, não há problema.
Elas devem festejar e compreender que aquilo que não deu certo este ano pode se concretizar em outro momento”, explicou Ana Coeli.
De acordo com a psicóloga, caso a tristeza não cesse, mesmo com o apoio dos amigos e familiares, a pessoa deve procurar acompanhamento especializado. “Essas pessoas precisam de compreensão e ajuda profissional”, enfatizou.
A rede de saúde da Prefeitura do Recife conta com 17 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos quais 11 são voltados especificamente para o tratamento de transtornos mentais.
Para saber onde receber assistência na área basta entrar em contato com a Ouvidoria Municipal da Saúde pelo telefone 0800-281-1520.
O teleatendimento funciona de segunda a sexta, nos dias úteis, sempre das 7h às 19h, sem intervalo para almoço.