foto: Clemilson Campos Em entrevista ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, o prefeito João da Costa admitiu que irá procurar João Paulo para conversar sobre o processo sucessório no Recife.
O prefeito reconhece que o seu antecessor, ex-aliado e atual desafeto é peça-chave para construir a unidade no PT e fortalecer a sigla para o debate com a Frente Popular.
Apesar de, como sempre, não tocar no gêneses no problema que causou o afastamento entre os dois, João da Costa diz não guardar “rancores nem ressentimentos”, mas não pode garantir que João Paulo tenha a mesma disposição. “Eu aprendi com o que eu vivi, depois do transplante, que a gente tem que olhar a vida sem rancor e sem ressentimentos.
Seja na vida pessoal e, principalmente, na política.
Hoje eu não tenho nem adversário nem inimigo.
Penso sempre naquilo que a gente pode construir para melhorar a vida da população.
Vou procurar João Paulo, sim, vou.
Eu sou condutor do processo e ele é um quadro importante.
Se ele vai conversar comigo é outra história.” Questionado sobre o que, objetivamente, fará para viabilizar o encontro com o ex-prefeito, João da Costa brincou dizendo que existem várias maneiras de se entrar em contato com alguém. “Há vários meios de a gente procurar uma pessoa.
Lembra quando a gente tinha aquela dificuldade na juventude para arranjar uma namorada?
Tentava até com pombo correio, né?”, arrancou risadas.
Geraldo Freire, conhecido também por não perder a piada, jamais, retrucou o petista: “Então você vai procurar João Paulo como quem procura uma namorada?” João da Costa, porém, mudou o tom da brincadeira e respondeu sério e diminuindo, talvez sem querer, talvez não, o destaque do ex-prefeito, que passou a ser apenas um dos que será procurado por Costa: “Vou procurar João Paulo porque ele é importante para unidade no PT.
Mas vou procurá-lo como vou procurar qualquer outro que possa contribuir para a gente fazer as mudanças, porque se a gente fez isso tudo junto durante esse período, a população enxerga isso como um trabalho do PT. É o PT que tem feito isso: oito anos com João Paulo e quatro com João da Costa.”