Em recente encontro da maior corrente petista, Construindo um Novo Brasil (CNB), foi estipulado um prazo para que o prefeito João da Costa consiga reunir condições e consenso em torno de seu nome no partido e na Frente Popular para disputar a reeleição no Recife.
A corrente, ou tendência, como chamam os petistas, deu até o carnaval para o prefeito de decidir.
O gesto foi visto por alguns companheiros de João da Costa como uma maneira de pressioná-lo, o prefeito, contudo, não faz a mesma leitura, ou, pelo menos, diz que não. “A CNB está preocupada em a gente poder avançar numa definição, isso é uma preocupação justa e política.
Mas estabelecer um prazo em política é complicado: a gente tem prazo eleitoral.
O PT tem um calendário eleitoral que vai de março à julho”, contou o prefeito em entrevista à jornalistas do Sistema Jornal do Commercio, na manhã desta terça-feira (27).
Apesar do tom compreensível da fala de João da Costa, o prefeito fez questão de lembrar que seu nome foi escolhido como prioridade do partido para 2012 mais de uma vez no diretório municipal, que é instância partidária que, junto com ele, conduzirá o processo sucessório na capital. “O diretório municipal do PT, por duas vezes, por ampla maioria, definiu que a prioridade da candidatura no munício seria a minha reeleição.” foto: clemilson campos Contudo, João da Costa reconhece que a decisão não é unicamente do PT, e que não há condições de se falar em eleições sem que o governador Eduardo Campos seja consultado. “Nós temos um trabalho a ser feito com a Frente Popular.
A partir de Janeiro eu vou procurar o governador Eduardo Campos, que é a principal liderança da Frente Popular, hoje, em Pernambuco.
Nós não, claro, não vamos conduzir o Recife sem ouvir o governador.
E vamos ouvir também as principais lideranças da Frente e nossos companheiros do partido.” O prefeito também fez questão de distribuir entre todos que compõem o aglomerado de partidos parte da responsabilidade pelo entendimento na Frente Popular. “Eu tenho absoluta tranquilidade que a gente vai chegar e buscar uma unidade na Frente, o que não responsabilidade só do prefeito João da Costa.
A unidade para ser construída depende de vários parceiros.
Se um não quiser não vai ser eu que vou obrigá-lo.
O que vai construir a unidade é a percepção de que ela é importante para continuar o projeto político dessa Frente no Recife”, explicou.
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