O Porto do Recife planeja abrir, nesta quinta-feira, uma nova licitação para a dragagem do canal de acesso aos terminais operacionais.
A direção do porto encontrou pedras no canal de acesso e foi obrigada a reduzir o calado (distância do navio até o fundo do mar) oficial do porto, gerando perda de negócios.
Por questões de segurança e seguro, armadores evitam operar em portos com calados pequenos, para evitar acidentes com os cascos dos navios.
A licitação a ser aberta prevê, além da dragagem, também a derrocagem das pedras.
O diretor-presidente do porto, Pedro Mendes, disse nesta quarta que as obras custarão R$ 23 milhões.
A consistência das pedras ainda está sendo analisada, para verificar a necessidade de explosões.
O gestor espera não haver necessidade, pois levaria mais tempo, em função da autorização do CPRH.
Se tudo der certo, as obras duram dois meses, apenas. “O ano de 2011 foi um desastre comercial para nós, em função do calado menor.
Com a nova dragagem, vamos subir o calado de 8 metros para 11,5 metros, igual ao do Porto de Santos”, diz Pedro Mendes. “Emergencialmente, pedimos a Capitania dos Portos para usar o calado dinâmico (variável em função das mares)”.
Apesar do movimento de cargas maior este ano, cerca de 10%, o porto ainda dará prejuízo, em torno dos R$ 3 milhões, em função de passivos trabalhistas, por exemplo.