Todo o empreendimento da Hemobras somente deverá entrar em operação em 2014.

A previsão do Ministério da Saúde é que o plasma coletado nos hemocentros do País comece a ser estocado na câmara fria da Hemobrás a partir de julho de 2012.

Até lá, será necessário que a área passe por um procedimento técnico de refrigeração, para chegar a -35° (no momento da inauguração, estará a 10°); qualificação de maquinário por parte do consórcio responsável pela construção (TEP/Squadro/Mendes Júnior); inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a autorização do funcionamento e, por fim, validação da Hemobrás nos procedimentos industriais que serão realizados no local.

Uma vez em operação, a câmara fria recepcionará o plasma, que será transportado dos hemocentros para a fábrica em caminhões refrigerados. “Na medida em que as caixas forem colocadas nas esteiras da câmara fria, os códigos de barra serão lidos e os transelevadores automaticamente conduzirão o material para o local exato nos porta-pallets (estruturas metálicas semelhantes a estantes), garantindo total segurança no processo de armazenamento e rastreamento de cada bolsa de plasma durante todo o ciclo do processo”, explicou o Ministério da Saúde.

Até 2014, esse plasma será remetido ao Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB), na França, onde serão transformados em hemoderivados e retornarão ao Brasil para serem distribuídos no Sistema Único de Saúde (SUS).

O LFB é parceiro da Hemobrás na transferência de tecnologia para produção de hemoderivados.

Depois de 2014, quando os demais blocos entrarem em operação, esta etapa passará a ser feita em solo nacional e País será uma das 15 nações no mundo a possuir uma fábrica para a produção de diversos hemoderivados – lá serão fabricados albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand, medicamentos essenciais a milhares de portadores de doenças como hemofilia, câncer, aids, imunodeficiências primárias, entre outras.