Do site da Fecomércio Segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) entrevistou 2.434 consumidores em todo o Estado com o fim de mensurar o endividamento e avaliar o nível da dívida atual em relação ao ano passado.
Foram ouvidas 631 pessoas na Região Metropolitana do Recife, 589 em Caruaru, 424 em Petrolina, 408 em Garanhuns e 382 em Santa Cruz do Capibaribe.
Desse total, 2.022 afirmaram haver contraído alguma dívida o que significa mais de 83% dos entrevistados. “O grau de endividamento da população e a inadimplência deverão ser parâmetros decisivos para o desempenho do varejo no fim de ano e durante todo 2012”, explica Luiz Kehrle, consultor das Fecomércio.
Mesmo com a taxa de juros Selic em baixa, esses dois limitadores poderão não permitir forte expansão das vendas. “A utilização racional do crédito é uma condição necessária ao crescimento sustentável porque períodos de euforia creditícia são sempre seguidos por alta de inadimplência e posterior restrição na oferta de crédito”, completa Kehrle.
Grande parte dos consumidores pernambucanos contraiu dívidas em 2011.
Em todas as classes de renda o percentual de endividados é alto, e mesmo na classe A-B, a menos endividada, o percentual se aproxima de 80%.
Nas outras classes os devedores ultrapassam um total de 82%.
Na Região Metropolitana do Recife o endividamento supera a média estadual passando de 88%.
O percentual de devedores na classe de renda A-B também se aproxima de 80%, como na média estadual, e nas classes de renda C e nas D-E o endividamento é de mais de 88%.
Em Garanhuns os resultados são também relevantes quanto os da RMR, com a diferença que a maior taxa é registrada nas famílias de renda mais elevada.
O menor percentual de devedores foi verificado em Santa Cruz do Capibaribe, cerca de 73%, com a particularidade que todas as classe de renda apresentam praticamente os mesmos números.
Em Caruaru e Petrolina o grau de endividamento é semelhante, mas um pouco inferior à média estadual.
Quando se analisam os dados do Estado, quase 40% admitem que o endividamento aumentou, com pouca diferença entre as classes de renda.
Cerca de 27,5% afirmam que houve diminuição nas dívidas, também sem diferença significativa entre os três grupos de renda A-B, C e D-E.
Na RMR o endividamento cresceu mais que na média do Estado.
Quase 45% relataram crescimento nos débitos contra menos de 23% que informaram diminuição.
Em relação às demais cidades, os dados gerais que mais se aproximam da RMR são os de Garanhuns, mas em Caruaru e Petrolina a situação é um pouco melhor.
Santa Cruz do Capibaribe destaca-se como a área pesquisada onde o percentual dos que informaram diminuição de débitos supera o de aumento, sendo, portanto, a única cidade onde o endividamento melhorou em relação ao ano passado.