Por Alcides Leite, no Radar Econômico A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne 34 países, em sua maioria desenvolvidos, lançou um documento intitulado “Divided We Stand: Why Inequality Keeps Rising” (“Estamos Divididos: Por que a Desigualdade Continua Crescendo”), analisando as principais causas do crescimento da desigualdade de renda no mundo.
Em um capítulo dedicado aos principais países em desenvolvimento, o documento compara o desempenho de Brasil, Argentina, China, Índia, África do Sul, Rússia e Indonésia nas duas últimas décadas, em relação aos resultados das políticas de redução da concentração de renda.
O documento ressalta que, dos chamados Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), somente o Brasil conseguiu reduzir a desigualdade de renda da população durante os últimos 20 anos.
Nos demais, o problema cresceu.
Mesmo assim, a desigualdade de renda no Brasil ainda é maior do que na Rússia, na China e na Índia.
Já a África do Sul está em situação pior que o Brasil.
O principal motivo da redução da desigualdade no Brasil, apontado pelo relatório, é o investimento que o setor público tem feito nos principais programas sociais.
Segundo o documento, o País é o que tem mais gastos sociais como proporção do PIB, entre os Brics.