Com a contratação de mais 16 mil trabalhadores em outubro, a construção civil brasileira chegou ao final daquele mês à marca recorde de 3 milhões 144 mil trabalhadores empregados com carteira assinada (aumento de 0,51% em relação a setembro).

Neste ano, o número de postos de trabalho criados no setor entre janeiro e outubro foi de 314,6 mil (elevação de 11,12%). É o que mostra a pesquisa mensal de emprego do SindusCon-SP com a FGV.

No Estado de São Paulo, a construção criou mais 2,9 mil postos de trabalho em outubro, elevando o contingente empregado a 809 mil trabalhadores com carteira assinada, também um recorde.

Esta expressiva abertura de postos de trabalho comprova o crescimento robusto da construção em 2011.

O nível de emprego na indústria deste setor é um dos indicadores mais importantes de sua atividade.

Quando há obras, há emprego.

Portanto, quanto mais o setor crescer, maior será o número de empregos gerados.

O desempenho da construção foi um dos fatores relevantes para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto).

Como constatado nos dados divulgados pelo IBGE na semana passada, se a construção não tivesse crescido no terceiro trimestre, o PIB seria negativo.

Outro fator que influencia positivamente no PIB é que, junto com a expansão do emprego, houve forte aumento no salários dos trabalhadores do setor, o que contribuiu positivamente na elevação da renda das famílias.

Isto resulta na mobilidade social tão necessária para sustentar o crescimento do país.

Com um bom nível de atividade, a indústria da construção é uma grande alavanca do aumento de produtividade da economia.

O setor entrega moradias, obras de infraestrutura e obras comerciais e industriais, tudo do que o Brasil precisa urgentemente.

Reduz, assim, o famigerado “Custo Brasil”.

No ano passado, o setor gerou ainda mais empregos.

Isto se explica porque em 2010 o país e a construção tiveram um crescimento totalmente fora de seu ritmo normal.

O SindusCon-SP e a FGV estimam que o PIB no ano passado tenha crescido 7,5% e a construção, 15,2%.

Para este ano de 2011, em que o PIB deve aumentar 3%, a construção deve crescer 4,8%.

Portanto, é normal que a elevação do emprego no setor não chegue aos mesmos níveis do ano passado.

Também é normal que, nos dois últimos meses do ano, o número de demissões suplante o de novas contratações na construção.

Este efeito sazonal deve-se principalmente ao fato de que muitas obras se encerram e são entregues, enquanto novas se iniciarão somente a partir de março, quando passar o período de chuvas.

E será normal se os novos contingentes a serem empregados não crescerem nas mesmas porcentagens dos anos anteriores: o setor tem elevado sua produtividade e necessita relativamente de menos pessoal para a execução de determinadas tarefas. (Agência Sindical / Sinduscon - SP)