Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada dia 1º de dezembro na sede do Sindupe, os servidores da UPE definiram e deliberaram pela paralisação de 24 horas que ocorrerá na próxima quarta-feira (14/12), com mobilização pelas ruas do Recife e enterro simbólico das injustiças que castigam os trabalhadores dos três hospitais administrados pela instituição (HUOC, Procape e Cisam).

Os servidores de todos os setores ambulatoriais devem cruzar os braços.

Nas enfermarias e UTIs, deverão ser respeitados os 30% de manutenção legal para assistência ao paciente.

Em sistema de rodízio, os servidores devem se organizar pra participar do ato e garantir a assistência.

Exames e cirurgias eletivas devem ser suspensos, ou realizados pelas categorias que não estiverem participando da paralisação.

Nos blocos cirúrgicos e setores como Hemodinâmica, apenas nas cirurgias e procedimentos de emergência os trabalhadores estarão obrigados a intervirem.

A concentração será a partir das 7 horas, em frente ao Hospital Oswaldo Cruz (HUOC).

O Ato Público por justiça no ambiente de trabalho e por condições de trabalho que não humilhem o trabalhador nem o usuário da UPE será uma forma de protestar contra a situação atual nas três unidades hospitalares.

ENTENDA O MOTIVO Após quase seis meses de negociação, a polêmica do fim dos plantões 12x36 e dos plantões fixos ainda é um problema na UPE.

Problema este que tem sido potencializado pela implementação de medidas como a limitação do número de permutas de plantões, o que tem ampliado o número de faltas nos hospitais e consequentemente tem sobrecarregado os trabalhadores.

A indignação dos servidores perpassa ainda pela parcialidade na implementação de medidas administrativas impostas pelas gestões, mas aplicadas, de acordo com denúncias dos próprios servidores, apenas para algumas categorias em detrimento de outras, o que tem gerado revolta.

O verdadeiro problema de UPE, como tem dito insessantemente a diretoria do Sindupe, sempre foi o déficit de servidores nas Unidades, o que se resolveria com a realização de um concursio público.

Sem a resolução do problema principal, as gestões tentam fazer tampões, com pseudo-soluções que apenas têm gerado revolta aos trabalhadores penalizados com as medidas propostas.