Os médicos vinculados à rede municipal de Abreu e Lima, com decisão aprovada em assembleia geral na semana passada, resolveram suspender uma série de serviços a partir desta segunda-feira (12) no Hospital e na Maternidade municipais.

Caso as negociações não avancem, os médicos não descartam a possibilidade imediata de exoneração de seus cargos e assinalam que a gestão municipal trata a saúde com descaso.

Os médicos alegam que a Maternidade se encontra com uma série de problemas que passam por instalações elétricas precárias; salas com goteira, infiltrações e mofos; triagem de clinica, obstetrícia e pediatria no mesmo ambiente, promovendo circulação cruzada entre crianças e adultos; ausência de material adequado para exame ginecológico e obstétrico, como foco e espéculos na triagem; quebra constante da autoclave; quebra recorrente da incubadora e do aparelho de fototerapia; o bloco cirúrgico com infiltrações e insetos.

Os profissionais também ressaltaram a ausência de bomba de infusão contínua na unidade neonatal; ausência de incubadora de transporte; transporte de pacientes em precárias condições; sala de parto com mesa e foco sem condições adequadas de uso; ausência de sala de reanimação na pediatria; presença de grande quantidade de pombos em janelas e ar condicionado; alojamento dos médicos localizado em enfermaria de obstetrícia; inexistência de exames laboratoriais no horário noturno, finais de semana e feriados.

Diante da falta de condições éticas para o pleno exercício da medicina, principalmente, no Hospital e Maternidade Pública o caso foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe).

As ocorrências mencionadas estão registradas em livro de plantão, segundo os médicos.

Próxima assembleia da categoiria: dia 13/12 (terça-feira), às 19h30, no ditório do Simepe.