Quando ficarem prontos, os quatro viadutos que serão construídos no próximo ano na Avenida Agamenon Magalhães permitirão que os carros circulem numa velocidade 50% maior que a de hoje.
Em alguns trechos, a velocidade média no horário de pico é de 5 quilômetros por hora.
O edital dos elevados foi lançado nesta sexta-feira (9), numa rápida cerimônia no Palácio do Campo das Princesas.
A licitação deve acontecer em 90 dias e a expectativa é iniciar as obras na segunda quinzena de março.
Hoje, 100 mil veículos circulam pela Agamenon Magalhães todos os dias.
A velocidade média no sentido Olinda - Boa Viagem é de 20.9 quilômetros por hora e, na direção contrária, 18,2 quilômetros por hora. “Temos a expectativa de aumentar em 50% (em média) a velocidade do transporte individual.
Isso possibilita a implementação dos corredores exclusivos de coletivos, que poderão circular a 60 quilômetros por hora” disse o secretário das Cidades, Danilo Cabral.
Após as intervenções, as velocidades devem aumentar para 30,3 km/h e 33,7 km/h.
Durante 18 meses, quatro viadutos estaiados (suspensos) serão erguidos em pontos considerados gargalos na via.
O viaduto Bandeira Filho ficará na entrada da Avenida Rosa e Silva, próximo ao Clube Português e à Mc Donald’s.
O da Rui Barbosa será construído em frente ao Tribunal Regional Eleitoral), atravessando a Agamenon até o Colégio Americano Batista.
O viaduto Joaquim Nabuco sairá da Rua Dom Bosco e seguirá até o Hospital Santa Joana.
Já o viaduto Paisandu começará na Rua General Joaquim Inácio e sai no canteiro central.
Cada um terá 7 metros de pista e torres de sustentação com 56 metros de altura. » Confira a lista dos imóveis que serão desapropriados para obras dos viadutos As obras acontecerão numa extensão de 2,2 quilômetros, no trecho entre a Ilha do Leite e o Parque Amorim.
Para diminuir os transtornos durante as obras, a maior parte das intervenções será feita no turno da noite.
Além disso, o formato dos elevados, que são suspensos, possibilita interdição da via por menos tempo. “Não só fica mais leve na arquitetura como podemos fazê-los em menos tempo”, afirmou o governador Eduardo Campos, reforçando que pretende concluir as obras antes mesmo do um ano e meio previsto oficialmente. “Também é possível montar fora (do canteiro de obras) e levar (para lá) à noite”.
Atualmente, em cada cruzamento são cerca de 3.300 veículos por hora em horários de pico, entre 7h e 8h.
Com os viadutos, estima-se que esse número de automóveis aumente para 4.200, o que representa um aumento de 30% no fluxo.
Os semáforos existentes nos pontos de intervenção desaparecerão.
Os piores trechos estão entre a Avenida Rui Barbosa e o cruzamento com a Rua Buenos Aires, onde a velocidade no horário de pico é de 5 km/h, e no cruzamento com a Rua Paisandu, onde a velocidade é de 7 km/h.
Depois das intervenções, as velocidades devem saltar, respectivamente, para 18 km/h e 40 km/h.
As obras estão orçadas em R$ 132 milhões.
Por enquanto, os recursos são do Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob), mas o Governo do Estado ainda tem esperança de receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento para a Mobilidade (PACMob).
Como as obras dos viadutos dialogam com o projeto do Corredor Norte-Sul, serão construídas cerca de dez estações ao longo da Agamenon e pelo menos quatro passarelas de pedestre, sendo uma próximo ao Shopping Tacaruna - para atender as comunidades do Chié, Ilha de Joaneiro e Santa Terezinha -, uma nas proximidades da Avenida Norte, uma no Parque Amorim e outra no Paisandu. “Esse conjunto de iniciativas vai melhorar muito a vida dos que usam ônibus e dos que trafegam de carro”, disse Eduardo.