Veja nota da CNI O crescimento zero do PIB no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, com queda de 0,9% no PIB industrial, segundo o IBGE, levará a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a rever suas projeções para o crescimento em 2011, atualmente de 2,2% para a indústria e de 3,4% para o PIB.
O quadro revelado pelo IBGE nesta terça-feira, 06.12, explicita as dificuldades por que passa o setor industrial.
A desaceleração da economia já era esperada pelo comportamento de outros indicadores, mas é preocupante a intensidade da queda de 1,4% na indústria de transformação.
Tal recuo reflete a perda de competitividade crescente da indústria, provocada pela valorização cambial e pela falta de avanços substantivos nos custos de produção que atenuem essa desvantagem.
Mostra também que os efeitos da crise internacional continuam atingindo a manufatura brasileira.
O cenário de agravamento das perspectivas da economia global e a dificuldade de reação da indústria explicitada pelos dados do IBGE indicam que o PIB crescerá ainda menos, este ano, do que o anteriormente esperado.
Mais uma preocupação é o recuo do consumo, que tem sido o motor do crescimento, inclusive do consumo do governo.
O PIB só não foi negativo no terceiro trimestre pela contribuição das exportações de commodities.
O quadro atual é de alerta para o setor industrial.
Se a piora da conjuntura externa dificulta ainda mais a já acirrada competição para o exportador, a pressão dos produtos importados, paralelamente, reduz a competitividade da indústria brasileira.
Tudo isso reforça a urgência de ações mais eficazes para retomar o crescimento.