A Executiva Nacional do PDT decidiu nesta tarde montar uma comissão para negociar com a presidente Dilma Rousseff o espaço do partido no governo.
O ex-ministro Carlos Lupi está fora dessa comissão e permanecerá licenciado da presidência da legenda até janeiro do próximo ano.
Ele deixou o Ministério do Trabalho no domingo, 4, após uma série de denúncias.
A comissão do PDT terá o presidente interino, deputado federal André Figueiredo (CE), o secretário-geral, Manoel Dias (SC), os líderes do partido na Câmara, Giovanni Queiroz (PA), e no Senado, Acir Gurgacz (RO), e o deputado Brizola Neto (RJ), vice-presidente do partido.
Figueiredo fez questão de ressaltar que o partido apoia o governo Dilma mesmo sem cargos, mas o PDT espera um convite da presidente ainda esta semana para negociar o espaço da legenda na Esplanada.
De acordo com o presidente interino, Lupi pediu a prorrogação da licença do cargo de comando da legenda porque deseja viajar com a família nos próximos dias.
Figueiredo ressaltou que o partido tem total confiança em Lupi e deu como certa a volta dele à presidência do PDT em janeiro. “Ele é um nome que foi eleito e tem mandato até 2013”, declarou.
O deputado Brizola Neto afirma que o partido espera ser chamado pela presidente ainda nesta semana para negociar.
Segundo ele, caberá a Dilma definir o que espera do PDT. “A decisão é da presidente Dilma.
Só podemos indicar nome para uma pasta ou outra se ela nos pedir.
O partido reafirmou hoje que apoia, independentemente do que se colocar de espaço pra gente”, disse.
Diferente de Figueiredo, Brizola Neto afirmou que a volta de Lupi à presidência do partido ainda precisará ser debatida pelo partido na reunião do diretório nacional em janeiro.
Já o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) voltou a fazer ataques à Comissão de Ética Pública, que recomendou à presidente Dilma a demissão de Lupi.
Paulinho lembrou que a relatora do caso, Marília Muricy, foi secretária do governador petista Jaques Wagner (BA) e que o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, advogou para a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), onde o PDT é oposição. “É estranho que aliados possam fazer o que foi feito com o Lupi”, criticou Paulinho.
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