Pelo menos até as conferências partidárias e os anúncios oficiais de candidaturas, as eleições municipais de 2012 têm a chance de marcar o fim da polarizada política na Capital do Agreste.

Além dos tradicionais e hegemônicos grupos de José Queiroz/João Lyra e Tony Gel/Miriam Lacerda, a prefeitura deve ser disputada por, no mínimo, mais dois novos quadros.Lícius vereador no primeiro mandato e eleito presidente da Câmara sem o apoio do atual prefeito, apesar de até então fazer parte do bloco da Frente Popular, e o também jovem vereador, pelo PSDB, Diogo Cantarelli.

Se o comunista ainda fala reticente sobre o pleito, Diogo faz questão de disparar: “Sou mesmo candidato e já tenho um grupo consolidado”, explica o vereador que no começo do ano disputava a chance de disputar as eleições com Rivaldo Soares, que a época se filiaria no PSDB, o que não aconteceu. “Rivaldo queria se filiar ao PSDB, mas há um diferença entre querer e ser aceito.

Hoje é do PMDB ainda e esse partido é controlado por pessoas muito ligadas ao DEM, que deve ter candidatura própria”.

Capitaneados pelo ex-prefeito Tony Gel e sua esposa Miriam Lacerda, os Democratas do município historicamente disputam sempre a prefeitura, o que não vai ser diferente esse ano.

Espera-se que marido ou esposa sejam candidatos em 2012, o que mais do que a José Queiroz, atrapalha os planos de Diogo de ser a alternativa à Frente Popular em Caruaru. “DEM e PSDB caminharão juntos onde houver consenso, não é porque teremos candidaturas separadas que deixamos de ser aliados.

Mas precisamos de novos nomes, precisamos trazer novas propostas para acabar com a polarização da polítca em Caruaru”.

Cantarelli garante que tem total apoio da direção tucana para disputar 2012: “Sérgio Guerra tem me dado total aval, e é um grande apoiador e motivador de minha candidatura.

Ela está em total sintonia com as orientações do partido, que deve ter candidatura própria em todas as maiores cidades do Pernambuco”.

Para Cantarelli, “Caruaru está bem aquém da administração que merece”, e por isso, caso assuma a prefeitura, fará, sobretudo, “reformas administrativas e estruturais” na casa. É esperar para ver.

Há quem considere que a candidatura do vereador seja apenas uma maneira de aumentar seu poder de barganha para a candidatura para a reeleição no legislativo municipal, mas, até o ano que vem, muitas, mas muitas águas devem rolar.

Democratas querem conversar com Diogo, se ele abrir mão da candidatura “Nós estamos trabalhando para fortalecer o nosso grupo, o grupo de oposição.

Mas não candidaturas definidas.

Obviamente que meu nome e do de Miriam são sempre lembrados”, contou Tony Gel sobre 2012.

Quanto as pretensões do jovem vereador tucano, Tony Gel diz admirar o político mas que, enquanto o vereador já se colocar como candidato não há o que conversar. “Enquanto ele disser que é candidato a gente nem conversa.

Mas se ele se dispor, a gente conversa”, falou Tony Gel que, apesar de garantir que “não se deve menosprezar ninguém na política”, disparou: “Diogo está falando que é candidato.

E tem esse direito.

Gosto dele, mas ele também tem que saber esperar.

Não sei se a estratégia do PSDB é lançar candidatura de qualquer jeito, mas se for temos que respeitar”