Com elevação de 0,4% frente a outubro, o otimismo dos brasileiros aumentou em novembro pelo terceiro mês consecutivo.

A alta acumulada nos últimos três meses foi de 1,3%.

As informações são do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 1º de dezembro.

De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, a tendência de crescimento do INEC deve manter-se nos próximos meses. “Esse aumento moderado pode ter um efeito do otimismo comum ao fim de ano, mas como a alta do índice vem sendo registrada em um período mais longo, de três meses, pode sinalizar um crescimento contínuo”, destaca.

Mesmo com o crescimento, o INEC se mantém abaixo do registrado no ano passado.

Em novembro, o índice está 4,7% menor do que no mesmo mês de 2010.

Dos seis componentes do INEC – expectativas em relação à inflação, ao desemprego, à renda pessoal e à compra de bens de maior valor e avaliação da situação financeira atual e endividamento -, apenas os índices de evolução de desemprego e de endividamento pioraram em novembro na comparação com outubro.

O índice de evolução do desemprego caiu 3% em novembro ante outubro. É o único componente do INEC que não registra melhora no acumulado dos últimos três meses, sinalizando cada vez maior preocupação das pessoas sobre a oferta de vagas no mercado de trabalho.

O índice de endividamento teve queda de 0,8% no período, indicando que, para mais consumidores, o número de dívidas cresceu nos últimos três meses.

Embora com aumento de 1,2% no índice de expectativas da inflação em novembro na comparação com outubro, os brasileiros continuam preocupados com a trajetória dos preços.

O indicador está 15,1% abaixo do registrado em novembro de 2010.

O índice de renda pessoal cresceu 2,8% em novembro frente a outubro, o que assinala maior otimismo da população sobre o aumento dos salários. “Essa elevação pode ser explicada pelos recebimentos do 13º salários”, analisa Marcelo Azevedo.

Em relação à situação financeira, houve aumento de 0,6% do índice em novembro ante outubro, e sobre as compras de bens de maior valor, o crescimento foi de 1,1% no período.

A pesquisa do INEC foi realizada pelo Ibope de 17 a 21 de novembro com 2.002 pessoas em 141 municípios.