Se depender do Governo do Estado, a proibição da venda e consumo de bebida alcoólica nos estádios de futebol em Pernambuco continuará vigorando.
Essa foi a expectativa criada pelo procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon de Barros, em parceria com o coordenador da Comissão Nacional de Combate à Violência nos estádios, procurador de Justiça Antônio Baêta, do Ministério PÚblico de Minas Gerais, depois de seu encontro com o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar.
O encontro, realizado no Palácio do Campo das Princesas, na manhã desta quinta feira (1), contou com a presença dos promotores de justiça José Bispo (coordenador do Juizado Especial do Torcedor) e do promotor de Justiça Paulo Augusto Freitas de Oliveira (secretário-geral da Comissão). “Temos um compromisso com as metas do Programa Pacto pela Vida, que passa pela redução da violência dentro dos estádios de futebol”, disse Tadeu Alencar.Na opinião de Fenelon “o álcool potencializa a rivalidade entre as torcidas organizadas e torcedore, mas após a proibição da venda de consumo de álcool nas nossas praças de esportes, os índices de violência caíram praticamente a zero e Pernambuco é hoje referência nacional”.
Em seguida,os promotores e procuradores tiveram um encontro com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), deputado Guilherme uchôa, para pedir apoio do Poder Legislativo para que a proibição continue mantida. “Nossa casa é plural e tem várias linhas políticas que promovem o debate, mas como ja havíamos deliberado pela restrição da venda e consumo de álcool nos estádios, acredito que dificilmente o projeto de lei revogando essa proibição seja aprovada”, afirmou Uchôa.
Baêta e Fenelon entragaram ao presidente da Assembleia um documento da Comissão com argumentos técnicos que mostram a necessidade desta proibição.
O documento foi encaminhado à Comissao de Constituição e Justica da Assembleia para ser avaliado. “Nós já construímos em Pernambuco a cultura da paz dentro dos estádios e tenho certeza que a sociedade aprova essa restrição que, se revogada, representará um retrocesso”, declarou Fenelon.