Eu nunca esquecerei aquele 15 de janeiro de 2006.

As 9.20h Rossini, meu assessor, me ligou dizendo que todos os sites de notícias davam que eu fora denunciado pela Procuradoria Geral da República por desviar 33 milhões do Ministério da Reforma Agrária.

Pus meu terno e fui para o Congresso enfrentar toda a mídia nacional.

Lá afirmei que não sabia do porque era acusado e pedi para ser investigado pela Câmara e meu partido.

Dois dias depois dei nova coletiva, após ler os autos.

Tomei um avião e fiz uma audiência pública aberta na Assembleía Legislativa.

Nada a esconder.

De lá para cá, se passaram quase 6 anos de impotência, sofrimento e humilhação.

Foram quatro ministros relatores no STF e 11 pedidos de mais prazo pela PGR.

Infindável, horrível.

Semana passada, a mesma PGR que nos denunciara pediu arquivamento definitivo do inquérito.

Não encontrara nada.

Nos autos a Polícia Federal afirmou “não haver interesse público em continuar (a investigação), (…), além de se tratar de pessoas idôneas, sem qualquer antecedentes penais”.

O pesadelo terminara?

Eu volto a falar sobre isso.

Abs & bom dia, Raul Jungmann.