Do Jornal do Commercio De pé na tribuna da Camara Municipal do Recife, diante de uma plateia de políticos, a maioria governistas, e familiares, a primeira-dama do Estado, Renata Campos, mostrou que sua disposição para a política é total, porém inversamente proporcional ao desejo de disputar algum mandato eletivo. “Eu gosto de política, não de mandato.

Minha atuação é nos bastidores”, garantiu Renata, homenageada nesta quinta-feira (24) no Legislativo Municipal.

Em seu discurso, ela reafirmou o mantra propagado pelo marido, o governador Eduardo Campos (PSB), de que “não cabem mais no Estado as velhas práticas políticas”. “Luto pela democracia e para que a paz política, sempre no melhor ambiente, esteja estabelecida”, afirmou ela, observada com atenção por Eduardo.

De acordo com o vereador Gilberto Alves (PTN), autor do projeto que resultou na homenagem, a atuação política da primeira-dama faz jus à Medalha de Mérito José Mariano, patrono da Casa. “Vivi ao lado de Renata momentos de efervescência política, como na campanha de doutor (Miguel) Arraes em 1986”, assinalou Alves.

Durante pouco mais de trinta minutos, Renata falou de seus projetos prioritários, o Mãe Coruja e a feira de artesanato Fenearte, e do seu envolvimento com a gestão do marido, onde é considerada por muitos secretários “a pessoa mais bem informada do governo”.

Eduardo Campos garante que jamais houve qualquer debate em sua casa sobre a possibilidade de a esposa disputar um mandato de deputada federal, herdando, assim, os votos da sogra, a hoje ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes.

Um legado nada dispensável já que Ana foi a deputada federal mais votada de Pernambuco em 2010, com mais de 387 mil votos. “Renata não disputa um mandato nem por ordem judicial”, resumiu o marido, às gargalhadas.