Enquanto a Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa avaliava e aprovava 16 projetos encaminhados pelo Governo do Estado há dois dias, em regime de urgência, a seção plenária da Casa já discutia (e aprovava) três desses projetos, praticamente no mesmo horário, hoje.

O deputado Daniel Coelho protestou por mais uma vez o governo usar o “rolo compressor” para conseguir o que quer e enfraquecer o Poder Legislativo. “Não é à toa que a gente escuta deputados dizendo que seus pleitos não estão sendo atendidos, estamos enfraquecidos”, criticou o parlamentar. “Esta Casa precisa ter mais altivez, não pode aceitar isso.

Analisar com cuidado os projetos encaminhados pelo Executivo não é ir contra o Governo, é fazer nosso papel”.

O projeto 695 – que cria cargos de provimento em comissão – foi um dos que passou na Comissão de Justiça e pouco depois no plenário, com voto contrário de Daniel nas duas ocasiões.

Em plenário, após o protesto de Daniel, ele também recebeu voto contrário dos deputados Tony Gel, Maviael Cavalcanti, Severino Ramos e Gustavo Negromonte.

SEM VISTAS - Durante a reunião da Comissão de Justiça, Daniel também chegou a pedir vistas ao projeto 629 – que trata de taxa de fiscalização e utilização de serviços públicos da Polícia Civil e Científica, mas não foi atendido, embora o prazo para emendas só se encerrasse no dia 28.

Na ocasião, o deputado ainda votou contra o projeto 645 – que cria cargos temporários. “São projetos complexos, que precisam ser analisados detalhadamente.

Não há motivo para correria”, justificou.

Tony Gel acompanhou o voto contrário em dois dos projetos.

Daniel também questionou a realização da reunião e da seção plenária ao mesmo tempo, classificando o fato como “absurdo”.

No regimento da Alepe, o inciso I do artigo 89, diz: “ Não será permitida a realização de reunião no horário destinado às reuniões Plenárias, salvo as realizadas por autorização do Presidente da Assembleia.