Grata surpresa aos participantes da Marcha contra a Corrupção, a presença do arcebispo D.

Fernando Saburido na Avenida Boa Viagem não significava “apenas” mais um manifestante, mas que a Igreja, de onde saíram inúmeras lideranças políticas fundamentais à legitimação do processo democrática no País, continua combativa e atuante.

Tanto é que o arcebispo contou que, para as eleições que aproximam, a diocese pretende dar continuidade às atividades do Comitê Contra o Crime Eleitoral, que funcionará na Unicap para receber queixas e denúncias de crimes eleitorais.

Quanto a um possível argumento de que a Igreja não mais tem poder político, Saburido fez questão de lembrar: “A Igreja tem acesso aos movimentos sociais, às pessoas; principalmente nas celebrações dominicais”, contou o bispo fazendo referência às milhares de pessoas que frequentam as igrejas toda semana, e às ações das Pastorais Sociais.

D.Fernando se queixou ainda daqueles que julgam a Igreja incompetente para se “meter” em questões políticas.

Segundo o Bispo, “o evangelho é libertador e está para os homens”. “A Igreja tem uma missão profética, por isso denunciamos e nos envolvemos com a política.

Não nos filiamos a partidos políticos para ficarmos cada vez mais livres para profetizar e dizer o que quer que seja sem ter que se submeter aos partidos”, esclareceu.