Pedro Ivo Bernardes, no site 247 Os pernambucanos vão ter que esperar um pouco mais para comemorar a instalação de uma segunda fábrica de automóveis no Estado.
A Volkswagen decidiu adiar, pelo menos até dezembro, qualquer decisão sobre a implantação de uma nova unidade no País.
A planta da montadora alemã no Estado, que já chegou a ser apontada como certa, estaria condicionada à renovação dos incentivos fiscais garantidos à Fiat pela Medida Provisória 512, editada pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva no final do ano passado e aprovada pelo Congresso Nacional em abril deste ano.
O adiamento do anúncio, que era aguardado para esta semana, foi confirmado por fontes ligadas ao governo estadual.
Fontes do Governo do Estado e do setor automotivo ouvidos pelo PE 247 confirmaram que o anúncio deverá ser feito pela montadora somente em dezembro e que depende, prioritariamente, da renovação da MP 512 ou da edição de uma medida similar.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, teria chegado a tratar do assunto no mês passado, no Palácio do Planalto, ao lado do governador baiano Jacques Wagner, em audiência com a presidente da República, Dilma Rousseff.
Eduardo e Wagner teriam pedido à presidente para interceder junto ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela prorrogação do regime automotivo do Nordeste - que além dos Estados da região, favorece ainda o Norte, Centro-Oeste e os municípios de Minas Gerais e Espírito Santo situados na área de influência da Sudene.
De imediato, a prorrogação dos incentivos beneficiaria as fábricas da Volks, em Pernambuco, e da chinesa JAC Motors, na Bahia.
Caso o programa automotivo não seja renovado, ganha força na Volkswagen a ideia de ampliar a capacidade produtiva de uma de suas fábricas no País, provavelmente a do Paraná, que ficaria responsável pela produção do modelo popular Up!.
Nesse cenário, Pernambuco seria contemplado com a implantação de uma central de distribuição de automóveis e de uma central de distribuição de peças, com um montante de investimentos bem menor que os US$ 2 bilhões estimados para a fábrica.
A central de distribuição de automóveis ficaria responsável por receber os modelos importados comercializados no Brasil, vindos do México e da Europa, nos mesmos moldes da unidade da General Motors em Suape.
Já a CD de peças ficaria responsável por abastecer a rede de concessionários do Norte e Nordeste.
Oficialmente, a Volkswagen do Brasil informa que não há qualquer decisão sobre o assunto, “Até porque nunca houve, por parte da empresa, uma data definida para que esse anúncio fosse feito.” Em nota, a montadora reafirma que avalia a possibilidade de ampliar a sua capacidade produtiva no País, seja por meio de uma nova unidade ou pela expansão da capacidade de suas fábricas já existentes.
Ainda segundo a Volks, o que está acontecendo agora é um levantamento preliminar de informações junto a diferentes Estados.