Por Gulvan Oliveira, do Jornal do Commercio O deputado federal Raul Henry, pré-candidato a prefeito do Recife pelo PMDB, avaliou ontem como oportunistas as críticas de aliados à gestão do prefeito João da Costa (PT), principalmente as oriundas do PSB.

O parlamentar classificou como “desastrosa” a gestão do petista, mas chamou os socialistas à responsabilidade, afirmando que o PSB é partícipe e corresponsável pela administração. “Não adianta posar de oposição agora.

O PSB tem o vice na chapa”, disse ele, em entrevista à Rádio JC/CBN, fazendo referência ao vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, ex-presidente estadual do PSB.

A crítica do peemedebista tem como alvo o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), que se coloca como pré-candidato a prefeito para concorrer com uma eventual candidatura à reeleição de João da Costa.

Desde quando se colocou como postulante à prefeitura, no início de outubro, FBC não poupa a gestão de censuras públicas.

A principal reclamação é de que ela não estaria acompanhando o bom momento por que passa o Estado.

Para Raul Henry, há um clima de frustração na cidade com a gestão João da Costa e que o PSB tem que assumir esse “ônus” também. “Um prefeito eleito no primeiro turno, mas que não fez nada de novo na cidade”, ressaltou.

Mesmo com o “desgaste”, Raul Henry disse acreditar que o bloco governista sairá com uma candidatura única para prefeito em 2012, e que o candidato seria João da Costa, pela sua condição de candidato natural à reeleição e em função da negociação entre os partidos governistas.

E com esse cenário, ele assegurou que os oposicionistas terão mais de uma candidatura para forçar um segundo turno.

Os postulantes serão definidos em abril ou maio, completou ele. “Mas devem ter perfis diferentes, para trabalhar eleitorados diferentes”, comentou.

Segundo Henry, o quadro das eleições em 2012 são mais favoráveis à oposição que em 2008, por conta da frustração que ele diz sentir na população e pelo fato de o País não atravessar um momento de crescimento econômico tão forte como em 2008.