Do Jornal do Commercio Ao prefeito João da Costa (PT) não preocupa o impacto que a visita da presidente Dilma Rousseff ao Recife, prevista para quarta-feira (9), pode gerar nos planos pré-eleitorais do petista no Recife.

Na opinião do gestor, ela não deve interferir no cenário local - ao contrário do que fez em São Paulo, convencendo a senadora Marta Suplicy a desistir de se candidatar em prol do projeto do ministro da Educação, Fernando Haddad.

Se houver conversa de Dilma com o prefeito, ele crê que o assunto passará longe da sucessão na capital pernambucana. “Qualquer conversa sobre política com todo mundo é importante, e muito mais com a presidente.

O que eu sei é que a possível vinda dela é para tratar de questões administrativas, e não da conjuntura política.

Muito menos de eleição”, disse o petista, após participar da abertura da Caminhada dos Terreiros, ontem.

João da Costa salientou que a agenda da presidente na cidade sequer foi fechada.

Nas últimas semanas, o prefeito tem encarado notícias de aliados postulando-se como pré-candidatos.

Até nomes do PT são tidos como mais cotados que o dele mesmo, como o senador Humberto Costa e o ex-prefeito João Paulo, que foi seu padrinho político e com quem atualmente está rompido.

Dos demais partidos da Frente Popular, PSB, PTB, PDT e PSC também puseram-se no páreo, refletindo desconfiança sobre as reais chances de reeleição de João da Costa.

Diante desse cenário, o prefeito não descarta a realização de prévias para definir o candidato do PT.

No entanto, pondera que o processo desgasta qualquer sigla, e com os petistas não será diferente. “Isso (prévias) é um direito que o filiado tem, para a democracia interna.

Mas o PT sempre teve muitos pré-candidatos em processo eleitoral e no final sempre convergiu para a unidade. É o que a gente deve buscar.

Prévia quando não é bem conduzida sempre traz um prejuízo.” A prioridade do PT é não perder o comando do Recife, que administra há 11 anos.