A vereadora Aline Mariano (PSDB) apresentou na última terça-feira (1), na Câmara Municipal do Recife, requerimento convocando o secretário de Finanças, Petrônio Magalhães, a explicar os planos da administração municipal de antecipar a renovação do contrato de gerenciamento da folha salarial dos servidores assinado com o Banco do Brasil, que só vencerá no próximo ano.
O contrato em vigor prevê o pagamento de R$ 60 milhões em cinco anos, o que significa o pagamento de R$ 1 milhão por mês à PCR pelo banco.
A justificativa apresentada pelo secretário é que o banco pagou menos que o valor de mercado para gerir a folha dos servidores, que hoje representa uma movimentação mensal de R$ 90 milhões em nome dos 34 mil servidores municipais.
Embora a PCR não tenha revelado quanto pretende arrecadar com a renovação do contrato, especula-se que a meta é fechar um acordo para o pagamento de pelo menos R$ 70 milhões pelos próximos cinco anos, o que representaria o pagamento mensal de R$ 1,166 milhão à prefeitura. “Uma movimentação como essa às vésperas de um ano eleitoral sempre levanta suspeitas.
Além disso, se o banco pagou menos que o valor do mercado significa que em algum momento houve, no mínimo, descuido com um bem público, que foi vendido por um valor inferior ao de mercado”, destacou a parlamentar.
O pedido terminou gerando bastante polêmica no plenário da Câmara, com o líder da bancada governista, Luis Estáquio (PT), tentando evitar a todo o custo a convocação do secretário. “Como o líder governista não apresentou justificativa convincente, resolvemos manter o pedido”, explicou Aline.
Após algumas discussões, o presidente da Comissão de Finanças da Casa, Carlos Gueiros (PTB), pediu vistas ao pedido e deve apreciá-lo em encontro da comissão na próxima quinta-feira.