no estadão.com.br O Brasil subiu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quarta-feira, 2, pelas Nações Unidas.

O País ocupa agora a 84ª posição, estando entre os países de Alto Desenvolvimento Humano, com um índice de 0,718.

Na América Latina, o País aparece em 20º lugar entre 40 nações.

Apesar desse avanço, o ritmo de evolução caiu.

Desde 1996, o Brasil cresceu quatro posições no ranking.

Nesse avanço, passou de um País de médio para alto IDH.

No entanto, o ritmo de evolução do índice diminuiu na última década.

Entre 1980 e 2011, o IDH brasileiro aumentou por ano 0,86.

Nos últimos 10 anos, baixou para 0,69 ao ano.

A queda da velocidade mostra, principalmente, que o País chegou em um estágio onde os avanços já são mais difíceis, mais demorados e requerem mais investimento para alcançar os mais pobres entre os pobres.

Os dados do IDH 2011 mostram que a renda ainda é o principal ponto fraco brasileiro.

Em um ranking que levasse em conta apenas o Produto Interno Bruto (PIB) per Capita, o País cairia sete posições.

Desde 1980, a renda brasileira subiu 40%, chegando a 10.162 dólares PPP (paridade por poder de compra, uma medida internacional usada para permitir comparação entre as diferentes moedas).

Ainda assim, é inferior a de países com situação semelhante no IDH, como a Turquia e a Rússia. É a expectativa de vida, de 73,5 anos, o quesito em que o Brasil tem a melhor situação.

A educação, medida pelos anos de escolaridade da população, também cresceu na última década, chegando a 7,2 anos.

No entanto, é ainda muito inferior ao Chile (9,7 anos) e a Argentina (9,3 anos), únicos países da América do Sul considerados de Muito Alto IDH.

Desigualdade - Apesar de também ter reduzido consideravelmente a desigualdade social na última década, os índices brasileiros ainda são diretamente afetados pela disparidade entre a população mais rica e a mais pobre, especialmente a diferença de renda.

O País cairia 13 posições no ranking se a desigualdade fosse levada em conta - apenas sete países cairiam mais.

O IDH seria de apenas 0,519.

Inferior ao índice brasileiro de 1980, que era de 0,549.

O índice de renda ajustado pela desigualdade seria de apenas 0,392.

Países mais pobres, mas menos desiguais, como Marrocos e Vietnã estariam em uma situação melhor que o Brasil.