A Câmara Municipal do Recife realiza hoje (27) audiência pública para discutir o Projeto Beira Rio, da Prefeitura do Recife, seus impactos e os impasses com moradores da área.

Esta é a segunda vez que a Câmara convoca uma audiência para discutir o assunto.

Na primeira, realizada há 15 dias, a Prefeitura não enviou representantes, o que causou grande desconforto entre os vereadores do Recife.

Na semana passada, a Câmara Municipal aprovarou, por unanimidade, requerimento apresentado pela vereadora Aline Mariano reconvocando a secretária de Planejamento do Recife, Eveline Labanca ; a presidente da URB, Débora Vieira Chaves Mendes, e o coordenador do Instituto Pelópidas Silveira, Milton Botler.

Com a convocação aprovada em plenário, os representantes da PCR são agora obrigados a comparecer à audiência.

Aprovado em 1996, o projeto previa a construção de uma via de 21,2 quilômetros de extensão da Ponte Velha até BR-101, na Iputinga, ligando 21 bairros.

No entanto, a Prefeitura do Recife parece ter desengavetado o projeto sem nem sequer fazer as atualizações necessárias após 15 anos, a exemplo do que aconteceu com as obras recentes, como a ampliação do viaduto Capitão Temudo.

Na parte mais polêmica da obra, entre as pontes da Torre e da Capunga, a administração municipal teria que desapropriar, integral ou parcialmente, pelo menos seis edificações erguidas no trajeto da via para poder viabilizar a obra.

Diante do impasse, com brigas judiciais que impedem a avenida de avançar, a PCR decidiu desmembrar o projeto original e agora aposta numa via margeando o Rio Capibaribe pelo lado oeste da cidade.

No entanto, o projeto ainda carece de adequações, pois já foram encontrados um hospital (Hospital Evangélico) e um edifício em construção no traçado da via.