Por José Dirceu, em seu blog Não foi desta vez.

Desta, não deu certo.

A mídia tentou e forçou para que o ministro do Esporte, Orlando Silva caísse.

Desrespeitou abertamente o seu direito à presunção da inocência e ao devido processo legal ante denúncias em seu Ministério.

Tentou - e continua a tentar - substituir a Justiça.

Quando não consegue, pressiona para que o julgamento não a desmoralize, não mostre que todo o escândalo foi factóide criado artificialmente por ela. É sua forma e jeito de continuar tentando impor decisões, primeiro à presidenta Dilma Rousseff, depois à Justiça.

Ainda que no caso de que falamos agora, do ministro Orlando Silva, a presidenta da República tenha deixado claro que se pautará pela lei e a Constituição, e que não aceita linchamentos morais e pré-julgamentos. “Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio” O governo “não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência.

Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”, disse a presidenta em nota oficial.

E o ministro, na reunião com ela na noite de ontem comunicou-lhe ter adotado todas as providências para corrigir e punir malfeitos, ressarcir os cofres públicos e aperfeiçoar os mecanismos de controle do Ministério do Esporte. “É inaceitável para mim conviver com qualquer tipo de suspeição.

Esclareci todos os fatos e as acusações que tenho sofrido.

Desmascarei todas as mentiras para a presidente”, afirmou ele ao sair dessa reunião no Palácio do Planalto.

Imprensa age como se suas manchetes não fossem desmentidas Nada.Nenhum desses pontos fica em destaque.

Vai para o meio das matérias - quando vai.

A imprensa finge que não é com ela.

Apesar do desmentido de várias de suas manchetes, continua a agir como se nada tivesse acontecido.

Agora arrumou que Pelé foi consultado e que o jornalista Juca Kfhour, também, foi convidado para ser ministro, quando os fatos demonstram o contrário.

Essa mesma mídia e tipo de manchete já haviam sido desmentidos na informação que deram de que o ministro Orlando Silva tinha sido substituído nos trabalhos de coordenação da Copa e da Olimpíada no Brasil e que estava demitido.

Nada abala a estratégia traçada pela nossa imprensa.

Ela continua criando factóides sem nenhum compromisso com a verdade jornalística.

Da mesma forma que insiste em dar foros de verdade às denúncias do soldado ongueiro João Dias acusador do ministro.

Mesmo Dias não apresentando provas e sendo desmentido diariamente pelos fatos e testemunhas.

Por que não aceitam que o governo e o ministro Orlando Silva tenham seus direitos constitucionais respeitados da mesma forma que a mídia exige respeito aos seus próprios direitos?