Nadar, nadar, nadar e morrer na praia.
Já ouviu esse ditado?
Foi assim o resultado da greve dos Correios em Pernambuco.
Enquanto aqueles que representam a categoria no país brigam por interesses políticos e partidários, os trabalhadores pagam a conta pela confiança que depositaram em seus representantes.
Neste último dia 13, foi decretado pelo TST que os funcionários voltassem a trabalhar, com multa diária de R$ 50 mil, caso não obedecessem a decisão.
E mais: do percentual reivindicado, somente pífios 6,7% foram concedidos, com aumento linear de apenas R$ 80, a partir de 1º de outubro de 2011, e ainda mais, sem abono dos dias parados, prejudicando assim, os trabalhadores.
Dos 28 dias em greve, 7 serão descontados da folha de pagamento e 21 deverão ser repostos em horas extras aos finais de semana.
O salário, que já não é dos melhores, terá um corte no orçamento que fará muita falta.
E os finais de semana com a família?
Como fica?
Quer dizer, não fica, por que terão de trabalhar para compensar os dias parados.
Contudo, nada se tira de bom dessa greve.
Mas se perguntarmos o que foi de ruim… hum!!!… dá o que falar!
Primeiro, a começar pelas perdas: o trabalhador perdeu dinheiro, com o desconto dos 7 dias, além de não saber quando é que irá aproveitar os domingos de sol com a família, pois colocar em ordem 28 dias de trabalho não é tarefa fácil.
A categoria perdeu a admiração da população, que não entendeu a situação dos trabalhadores, que pelo jeito não tem nada a ver com os interesses daqueles que comandaram a greve, e criticaram a atuação de ficarem tanto tempo parados, apesar de justa a reivindicação dos funcionários.
A população teve seus compromissos prejudicados, com essa paralisação de 28 dias, as encomendas já não tinham mais o mesmo valor, ou importância material e/ou emocional.
As pessoas perderam com as contas, os boletos de pagamentos, os cartões de crédito que não chegaram.
Um transtorno para continuar tendo o nome limpo e o direito às necessidades básicas de uma casa, como: água, luz, telefone.
As empresas perderam o prazo de entrega de mercadorias junto aos clientes, além de contratos, pois qual cliente vai solicitar uma encomenda que não irá chegar?
Enfim, a maior perda mesmo foi dos trabalhadores, que lutaram confiando em seus representantes, e foram traídos pelos interesses políticos de algumas pessoas e partidos políticos, com vistas nas eleições de 2012, gerando um resultado quase que insignificante para a categoria, diante de tanta euforia e manifestação.
Poderiam, pelo menos, terem se esforçado um pouco mais e poupado os verdadeiramente interessados em melhoria na qualidade de vida, com salários dignos e benefícios de direito – os trabalhadores -, da vergonhosa exposição de suas fragilidades, sem o devido retorno merecido.
Força Sindical de Pernambuco