Da Agência Estado O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), afirmou em entrevista ao jornal “Zero Hora” que já foi oposição durante muito tempo e acha injusto quando dizem que apoia todos os governos. “Não fui aderir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Pelo contrário, ele foi à minha casa pedir o meu apoio.
Da mesma forma, não fui aderir ao ex-presidente Lula.
Ele foi à minha casa pedir o meu apoio.
Portanto, acho injusto quando dizem que estou apoiando todos os governos.
Solicitado a colaborar, não tenho me furtado a fazê-lo”, disse, na entrevista.
Ao jornal “Zero Hora”, Sarney afirmou que raramente conversa com a presidente Dilma Rousseff, mas que ainda mantém contato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na entrevista, publicada nesta segunda-feira, 10, o presidente do Senado Federal afirmou que tem um “grande apreço” pelo ex-presidente Lula e que teve uma relação muito pessoal com o petista. “Eu tive uma relação muito pessoal com Lula.
Ainda hoje ele me telefona, e eu ligo para ele”, afirmou. “Eu tenho um grande apreço por Lula, acho que ele fez um grande governo.
Sobre a presidente Dilma, ele disse que ela vem promovendo a continuidade sem continuísmo, “marcando seu estilo”.
Ao minimizar o poder político que lhe é atribuído, Sarney disse que gostaria de ter 1% do poder que a mídia lhe atribui. “Estão conferindo a mim inclusive os invernos bons e os ruins.
Eu acredito que pelo menos a seca do Rio Grande do Sul ainda não tenha sido atribuída a mim”, afirmou.
Ainda na entrevista, indagado se a demissão do peemedebista Pedro Novais, da pasta do Turismo, representou um desgaste para a imagem do PMDB, o senador respondeu: “Suspeitas de irregularidades sempre desgastam a imagem dos partidos, assim como a do próprio governo.
Atualmente, temos uma absoluta facilidade de classificar supostas irregularidades antes mesmo que sejam apuradas.
O mundo midiático em que vivemos permite que imediatamente se julgue, condene e estabeleça uma pena para as pessoas.”