As expectativas de menor crescimento da economia em 2011 atingem intensamente também os investimentos, que, prevê a CNI, devem crescer 5,5% este ano, contra uma estimativa de 8,5% feita no segundo trimestre.

A inflação deve ficar no limite superior da meta, de 6,5% em 2011, enquanto a taxa nominal de juros será de 11% em dezembro, contra 12,5% na estimativa que a CNI fizera em julho.

A redução dos juros, no entanto, não será suficiente para reverter a situação de desaceleração do crédito. “A contaminação da economia brasileira pela piora do cenário internacional pode levar a uma menor demanda por crédito, dada a maior aversão ao risco”, pontua o Informe Conjuntural.

A CNI manteve a previsão de uma taxa média de desemprego baixa este ano, de 5,9%. “O menor crescimento da PEA, a População Economicamente Ativa, alivia a pressão sobre a taxa de desemprego, uma vez que a criação de emprego avança mais rapidamente do que a PEA”, analisa o Informe Conjuntural.

O estudo elevou em US$ 10 bilhões a previsão das exportações, que passou de US$ 250 bilhões em julho para USS$ 260 bilhões.

A expectativa das importações não foi alterada, mantendo-se em US$ 230 bilhões, com o que o superávit da conta de comércio subiu para US$ 30 bilhões.

Apesar das altas do dólar verificadas em setembro, o Informe Conjuntural prevê ainda que o dólar volte a se valorizar frente ao real, com a taxa média de câmbio atingindo R$ 1,75 em dezembro.