Por Fernando Gabeira, em seu blog Antes da curta viagem à Brasília, examinei o arquivo de fotos.
Vi que registrei as reformas no Palácio do Planalto.
Não imaginava, naquele momento, que viessem de novo à tona.
O preço ficou 43% mais caro.
Orçada em R$78 milhões, acabou custando R$112 milhões, é o que afirma uma reportagem da Veja, apoiada em documentos.
No sábado, quando cheguei à Brasília, a revista Época denunciava os gastos telefônicos dos deputados: R$13,9 milhões, em oito meses.
A Casa Civil chegou a produzir notas técnicas contra os aumentos, mas a conta, finalmente, foi paga.
Tudo isso vai morrer no calor da semana que entra.
Detalhes dirão alguns.Preocupações udenistas, dirão outros.
O dinheiro jorra porque a arrecadação é alta, a preocupação em racionalizar é minima.
Num momento de crise internacional, o crivo deveria ser maior ainda.
Faltam recursos para obras básicas. .
E o Brasil gasta dinheiro como um novo rico.
A semana começou com denúncias sobre a generosidade sobre o auxílio defesa, no Ministério da Pesca, passou pela denúncia dos gastos telefônicos na Câmara, e se encerra com o caso do próprio Palácio do Planalto.
Daqui a pouco sera possível fazer o mapa do desperdício em Brasília, com o dinheiro jorrando das principais janelas, a começar pelas do Palácio do Planalto.