No Jornal do Commércio A dois dias do fim do prazo de mudança e filiação partidária para as eleições de 2012, aumenta o estresse na Frente Popular de Pernambuco, com troca de acusações de cooptação, deslealdade e busca de supremacia na aliança entre os quatro maiores partidos: PSB, PT, PTB e PR.

Indignada com a pecha de traição aos aliados PSB e PR, a deputada estadual do PT de Petrolina, Isabel Cristina, denunciou, ontem, que “estão querendo impor uma hierarquia na Frente Popular”, sem identificar de onde parte a tentativa.

A queixa foi feita logo após o deputado Sebastião Oliveira, pré-candidato do PR a prefeito em Serra Talhada, acusar o senador Humberto Costa (PT) - potencial candidato ao governo do Estado - de cooptar o vice-prefeito Luciano Duque, que deixou o PR e se filiou ao PT para disputar a Prefeitura em 2012, com o apoio do prefeito Carlos Evandro (PR).

Sebastião, escolhido pelo tio e deputado federal Inocêncio Oliveira para candidato do PR, prometeu represália a Humberto em 2014. “Vai ter consequência.

Eu fiz a campanha dele na região, em 2010.

Evandro e Duque votaram em Marco Maciel (DEM).

Esse é o muito obrigado que ele me dá. É ele que está tratando diretamente (das filiações) com as pessoas.

Não há nenhuma influência do PSB”, apontou Sebastião.

O senador Humberto Costa não atendeu aos contatos do JC para responder à acusação.

Isabel denunciou uma tentativa de hierarquização na Frente um dia depois de um governista, na Assembleia, em reserva, acusar a existência de “mandonismo” na aliança, alusão ao poder do governador Eduardo Campos, que estaria procurando impor uma supremacia do PSB. “O PT não fez convite.

Não cometeu deslealdade.

Não é pratica do PT cooptar.

Ele é leal ao governo e à Frente”.