Do Jornal do Commércio Mesmo afirmando, oficialmente, que o seu foco é a administração, o prefeito do Recife, João da Costa (PT), já deixou claro à equipe que o momento é de priorizar a agenda política.
Com a proximidade do prazo final de filiação partidária - 7 de outubro, de acordo com a Justiça Eleitoral - para os que querem pretendem disputar em 2012, o prefeito tenta criar uma convivência harmoniosa entre vereadores, ex-vereadores que querem retornar e novos postulantes à Câmara Municipal.
Mas precisa encontrar uma saída para os conflitos internos que envolvem quase todos os partidos, já que candidato proporcional insatisfeito não faz campanha para a majoritária.
Com esse objetivo, o prefeito promove hoje uma reunião com seus auxiliares mais próximos para traçar um agendão, que vai incluir as articulações políticas e as inaugurações da PCR.
Até a sexta-feira (7), contudo, a prioridade é abrir espaço para as negociações com as legendas aliadas.
A expectativa é que hoje ele converse com o PDT para tentar demover a sigla de lançar candidato próprio.
Semana passada, o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT) anunciou a transferência do seu domicílio eleitoral para Recife com a finalidade de concorrer à prefeitura.
O vereador Maguary já avisou que se isso ocorrer, deixa a legenda.
Outra agremiação cortejada pelo prefeito é o PSD do ex-deputado federal André de Paula.
Na Câmara, o líder do PSD é o vereador Sérgio Magalhães, que tem se comportado como oposição.
Costa quer neutralizar essa ação e trazer para o seu lado o partido, que está na base de sustentação do governador Eduardo Campos (PSB).
Estão no PSD os vereadores Maré Malta, Gilvan Cavalcanti e Romildo Gomes.
Se a conversa com André de Paula evoluir, o prefeito pode indicar outros nomes para ingressar da sigla.
Também estão na agenda de João da Costa reuniões com os presidentes do PHS, Edmar Oliveira, do PTC, Eriberto Medeiros, e do PRP, Aerto Luna.
Na sexta-feira (30), o prefeito conversou com dirigentes do PSL, sigla do vereador Rogério de Lucca, e com o ex-vereador José Antonio, que pretende retornar à Câmara.
A partir desses encontros, um acordo será firmado, indicando se os candidatos serão abrigados em uma única chapa ou em várias chapinhas.
Tudo dependerá da matemática eleitoral.
A PCR quer eleger uma bancada forte.
João da Costa tem comunicado todos os seus passos a Eduardo Campos, porque deseja o aval do socialista nas articulações.
Neste mês de outubro, inclusive, a afinidade entre o prefeito e o governador será reforçado tanto na área política como no setor administrativo.