A GANG SINDICAL DE SUAPE Por Antonio Ramos – Coordenador Geral do Movimento de lutas Populares – MLP Todos os dias vemos nos noticiários que Pernambuco esta crescendo acima de 8% ao ano, em quanto os outros estados estão em média com crescimento de 5% ou seja o maior crescimento do país, mas para quem é esse crescimento?

Obras importantes se instalaram em nosso estado como Estaleiros, fábricas de grande porte como a da sadia e Fiat, cidade da copa e a faraônica pólo petroquímico em Suape.

Porém cresceu também a exploração da classe trabalhadora, que trabalha cada vez mais em troca de salários e condições de trabalho cada vez piores.

O resultado disto é uma distribuição de lucros desigual que gera de um lado riqueza e poder para controlar os meios de produção e comunicação e do outro lado pobreza e miséria contraditoriamente para a classe trabalhadora.

Como se não bastasse toda a exploração, salários baixos e péssimas condições de trabalho assim como de mobilidade e atendimento médico, problemas oriundos do meio de produção em que vivemos na sociedade capitalista, que são bastante freqüentes em Suape, os trabalhadores inevitavelmente não se conformam, por essa razão já ocorreram várias paralisações e greves como a do mês de fevereiro/março que durou 18 dias, julgada pela justiça ( DRT )onde foi conquistado R$ 160 na cesta básica e 100% aos sábados apesar da ilegalidade, mesmo assim os trabalhadores de Suape sofrem com a falta de representatividade do sindicato que mais parece patronal, o SINTEPAV.

Liderado atualmente pelo novo presidente da Força Sindical aqui de Pernambuco o Sr.

Aldo Amaral, que recentemente promoveu uma festança no Clube dos Cisnes com cerca de 500 pessoas ( a maioria pagos ) e alguns poucos sindicalistas onde foi amplamente divulgado a sua filiação ao PDT e sua provável candidatura nas próximas eleições, talvez sua principal preocupação no momento, enquanto que cerca de 70 mil trabalhadores da construção pesada sofrem com os problemas já citados.

Quando os trabalhadores resolvem se organizar por seus direitos são perseguidos e atacados pelas empresas e sindicato vendido como ocorreu com Thiago Ramos atingido com um tiro no rosto em fevereiro e o representante da comissão de base da Empresa Conest Adalberto da Silva que quase morreu quando foi baleado no dia 21 de julho com dois tiros, um nas costas e outro no pé três dias depois de solicitar ao Ministério Público do Trabalho – MPT da 6ª Região, audiência com o sindicato e as comissões de base para definir sobre a realização de assembléia na campanha salarial na refinaria, para entrega das reivindicações dos operários.

Apesar das ameaças e atentados, contra a vontade dos tais representantes sindicais, mesmo assim os trabalhadores realizaram nova greve desta vez de uma semana e foi fechado na calada da noite um acordo de 11% para a categoria.

Apesar de vocês, de seus jagunços e de seu vergonhoso processo de cooptação de lideranças os trabalhadores se organizam e lutam por seus direitos.

Talvez tenhamos que esperar o resultado nas urnas para saber contabilizado e apurado no final do dia da rejeição por esses que traem a classe trabalhadora.

PS: Há hoje a necessidade de informar a todos às atrocidades ocorridas em nosso Estado, dirigidas por esses falsos dirigentes sindicais.

A imprensa tem dado pouca divulgação aos fatos ocorridos em Suape, hora por falta de cobertura, para vocês terem uma ideia, a imprensa só conseguiu chegar aos trabalhadores e divulgar algumas das coisas erradas que ocorre lá dentro na greve do início do ano quando fechamos a BR e exigimos a presença dos jornalistas.

Na ocasião o trabalhador Thiago Ramos estava baleado no rosto.

O fato que ocorreu com o Adalberto da Silva, uma tentativa de assassinato, é ainda mais grave pois ele é a principal liderança dos operarios da principal empresa, a Conest.

Ele foi baleado três dias depois da audiência no Ministério Público do Trabalho, onde exigimos assembléia da campanha salárial no portão da Refinaria.

Por isto, enviamos para públicação essa humilde contribuição com a informação dos fatos ocorridos em uma obra de suma importancia para o povo pernambucano e brasileiro.

Pelo fim da Impunidade em Suape.