Por Braulio Wanderley A filiação do deputado estadual e ex-prefeito Odacy Amorim engrandece o Partido dos Trabalhadores e o cacifa para uma disputa majoritária no próximo ano, com reais chances de vitória, ao lado das lideranças institucionais da deputada Isabel Cristina e da vereadora Cristina Costa, bem como a outros nomes que se somarão para ter o(a) primeiro(a) prefeito(a) do PT em Petrolina. É preciso deixar evidente que a escolha de filiação num partido da dimensão do PT não é condição sine qua non para exigir, mas para se disponibilizar a cumprir tarefas.

A conjuntura para o PT é extremamente favorável, pois governamos o Brasil há 8 anos, por meio das exitosas gestões dos presidentes Lula e Dilma e acabamos de sair de um glorioso IV Congresso Nacional do PT, onde foi deliberada uma série de alterações políticas que induzem o Partido a um ousado processo de renovação e reformulação estatutária.

O Número 13 deve voltar às urnas majoritárias no próximo ano em Petrolina, fato que ocorreu pela última vez em 1996.

De lá pra cá, o PT se portou menor que a sua real dimensão, sendo coadjuvante de outros nomes da frente popular.

A Cidade é o local onde o membro da Pólis tem o contato direto com seus governantes e o PT não poderia, mais uma vez, ficar à mercê de outros que não contribuem com um processo de transformação social no eixo popular-democrático.

Sou daqueles militantes que defede a candidatura própria, por meio de um amplo debate interno e com os diversos segmentos da sociedade que apenas vêem projetos e vaidade pessoais sendo disputados na nossa cidade. É preciso aprofundar, planejar e estruturar o modo petista de governar dentro da realidade de Petrolina, com dignidade, transparência e partipação popular, a exemplo de outros vitoriosos centros que o PT governa com honradez ao seu povo e sua classe trabalhadora.

Mas é o deputado que deve explanar os reais motivos que o levaram a sair do PSB, comandado nacionalmente pelo governador Eduardo Campos e em Petrolina pela dobradinha Gonzaga Patriota/Fernando B Coelho.

Diante disso, algumas considerações devem ser feitas: 1.

Como se deu a opção de Odacy PT? 2.

Sob que ponto de vista ele enxerga o PT como Partido de massas, socialista e com um grande processo de transformação da realidade brasileira, em curso desde 2003 com o início do governo Lula? 3.

Odacy deve ter consciência que entra como militante, destarte que o Processo de Eleição Direta do PT só ocorrerá em 2013, fato que não o concede controle partidário, como poderia ocorrer em legendas de aluguel. 4.

Afirmar uma postura clara diante do governo Júlio Lóssio por meio de um documento do Diretório Municipal e o conjunto de seus filiados em ampla plenária.

Falando em nome de alguns companheiras e companheiros que fazem parte do nosso Coletivo no PT, saúdo a vinda do deputado, fato que deve ser exposto à Comissão Executiva do PT na noite de hoje.

Odacy Amorim tem uma história de decência na sua biografia política e seu gesto denota o câmbio do salto da galinha para o vôo de uma águia.

No mais, o tempo e a educação cotidiana partidária vão auxiliar Odacy a renovar o PT e a se afirmar como uma das grandes lideranças políticas da região do Vale.

Por fim, é necessário evidenciar que a eleição é apenas um dos meios de enfrentamento político na luta de classes, diante de um processo revolucionário estratégico, militante, de base e socialista.

Militante do Partido dos Trabalhadores, Historiador, Mestrando em Educação e editor do Blog Hiistória Vermelha.