O Dia das Crianças é uma data comemorativa que de certa forma representa uma amostra antecipada das festas de final de ano.
Na data as indústrias aproveitam a ocasião para introduzir uma constelação de novidades que em muitos casos serão objeto de desejo das crianças de diferentes faixas etárias, agora e no natal.Segundo levantamento de sondagem feito da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) apurou que mais de oito em cada dez dos 293 consumidores entrevistados na RMR pretendem comprar presentes no Dia das Crianças. “No ano passado o percentual dos compradores se aproximava de 79%, de modo que não deverá haver um aumento significativo no número dos que presentearão”, lembra Luiz Kehrle, consultor da Fecomércio.
A disposição de comprar presentes é mais forte na classe de renda C, com 86,05% de intenção de compra, contra 78,52% nas classes D-E e somente 60% entre as das classes A-B.
Entretanto, mesmo sem grande elevação do número de compradores, as vendas deverão crescer em decorrência dos gastos com presentes.
Em 2011 o dispêndio médio deverá estar no entorno de R$208,00, contra R$173,26 em 2010, o que representa um aumento nominal de 20%. “O comportamento da classe C se destaca em relação ao aumento dos gastos, com a expectativa de que haverá um crescimento real de 25%, contra gastos reais estáveis nas classes D-E e uma forte queda nas classes A-B”, ressalta José Fernandes, também consultor da Fecomércio.
Brinquedos serão os presentes comprados por mais de 55% dos consumidores enquanto roupas deverão ser mais de 21% dos presentes, vindo em seguida as opções de lazer, com 7,8% e sapatos e celulares abaixo de 5%.
Estes cinco itens abarcam quase 94% das preferências, de modo que praticamente dominam o universo das lembranças.
Trata-se de um resultado semelhante ao que foi constatado em anos anteriores, no que se refere aos dois principais itens de compra, mas em 2011 os gastos com lazer superaram os realizados com calçados, além de ter sido constatado um pequeno crescimento na participação dos celulares.
Os presentes são fortemente associados às relações familiares e de compadrio.
Bem mais da metade dos presentes serão dados aos filhos, 22,4% a sobrinhos e mais de 18% a afilhados.
Estes, juntamente com netos e irmãos constituem praticamente todo o universo dos que ganham lembranças.
Os presenteados fora do âmbito familiar somam apenas 4,2% com destaque para creches e instituições, mesmo assim com apenas 2,1% das intenções de presentear.
Os cartões de crédito deverão ser a forma de pagamento utilizada em cerca de 59% das transações, seguido por pagamentos em dinheiro com 35% das compras.
A forte presença dessas duas formas de pagamento cada vez mais restringe a participação de outras, mesmo aquelas até recentemente muito utilizadas, tais como os cheques a vista ou pré-datados.
As vendas à vista com débito em conta, ainda é pouco difundida e deverá ser utilizada em menos de 3% das transações.