A partir desta quarta-feira (28), os profissionais ligados ao sistema de saúde do Cabo de Santo Agostinho irão suspender as atividades nos serviços eletivos (ESF´s e Ambulatórios) por um período de 72 horas, realizando apenas atendimentos exclusivos nos casos de urgência e emergência.
A decisão de parar as ações foi decidida em assembleia realizada no último dia 16 de setembro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Cabo de Santo Agostinho (SINTRAC).
Os médicos reivindicam a criação do Plano de Cargos, Carreiras, e Vencimentos (PCCV), a Lei de Produtividade, o reajuste salarial tendo como base o piso FENAM, concurso público, melhorias de segurança e das estruturas das unidades de saúde (policlínicas, hospitais e postos de saúde), o não-cumprimento do termo de cumprimento firmado entre as duas partes há dois anos atrás, além campanha salarial para 2011.
A programação para os dias de paralisação prevê atividades de mobilização em determinados pontos, com a finalidade alertar a população e as autoridades para a precariedade da saúde pública na cidade.
No primeiro dia advertência, os médicos irão se reunir em no AGE, novamente no Sintrac, e – logo em seguida – todos os profissionais realizarão um protesto na Câmara Municipal dos Vereadores.
No segundo dia da suspensão (29), a mobilização muda de endereço e vai parar na Secretaria de Saúde do Município.
As ações do dia 30 de setembro serão definidas na Assembleia marcada para o dia 28.
Na última visita realizada ao Cabo de Santo Agostinho foram detectadas inúmeras irregularidades nos hospitais e PSF’s da cidade.
Um levantamento feito pela fiscalização do Simepe, concluiu que das 37 unidades do Programa Saúde da Família no município, dez estão sem médicos e com estruturas completamente desumanas, como mofo, local para repouso médico improvisado, portões e grades quebrados, infiltração nos tetos e paredes, medicamentos mal armazenados, equipamentos danificados e infraestrutura deficiente, predicando a qualidade dos serviços e colocando em risco a vida da população.