Do Jornal do Commercio O empenho do deputado federal Fernando Filho (PSB) na campanha para eleger a pernambucana Ana Arraes ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) deverá ser lembrado na escolha do novo líder da bancada socialista na Câmara.

Com a transferência da atual líder para o TCU, a renovação da liderança, prevista para ocorrer em fevereiro, pode ser antecipada.

Mas a expectativa é que haja um mandato-tampão até a troca oficial.

Primeiro vice-líder do partido, Fernando Filho é apontado pelos colegas como favorito para a missão.

A sucessão de Ana Arraes na liderança deve ser pauta da próxima reunião do grupo na terça-feira (27).

Mas, Fernando Filho já adianta que a sua prioridade é manter o clima de união vivenciado pela bancada. “Topo ser (líder) e topo apoiar.

Vou trabalhar para que a gente possa continuar unido.

Para isso, faço qualquer negócio”, declarou, lembrando que “o PSB fechou questão na votação do TCU”.

Manter a coesão do partido também será a tarefa primeira do governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.

Em fevereiro, a escolha de Ana Arraes para a liderança abalou parte da bancada, culminando com a migração do deputado Gabriel Chalita (SP) para o PMDB.

A pernambucana contou com a articulação do, atualmente, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-SP) - líder na época.

Mas enfrentou a divergência dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PSB-CE).

A dupla pretendia dar espaço a Chalita, o segundo mais votado em São Paulo na última eleição.

Pela “tradição” do PSB no processo de sucessão da liderança, Fernando Filho pode ficar no banco de reserva.

Em geral, a preferência é dos parlamentares com mais anos de Câmara.

Fernandinho, como é conhecido, está no segundo mandato.