Do Jornal do Commercio Na semana em que se comemora o Dia da Árvore (21 de setembro), o Ibama de Pernambuco continua botando abaixo frutíferas e plantas nativas brasileiras.

O projeto, superfaturado segundo um procurador federal, prevê a erradicação de seis plantas e a poda de nove.

A finalidade é evitar que galhos caiam nos carros estacionados no pátio de instituto.

A intervenção começou há um mês, provocando a indignação dos moradores de Casa Forte, Zona Norte do Recife, onde se localiza a superintendência do Ibama.

Moradora do bairro há 30 anos, a professora Rejane Pereira tentou protocolar denúncia no próprio Ibama. “Eles não acataram a denúncia.

E pior: disseram que as árvores estavam doentes”, protestou.

O Ibama pagou R$ 44 mil a uma empresa do Paraná para executar o serviço, conforme revelou o Blog de Jamildo no início do mês.

O valor, além da poda e erradicações, cobre a retirada do entulho e o fornecimento de insumos agrícolas e plantio de 40 mudas fornecidas pelo próprio Ibama.

O valor chamou a atenção de Edvaldo de Souza Oliveira Neto, procurador federal da Advocacia Geral da União (AGU) em exercício na superintendência do instituto no Estado.

No dia 31 de agosto, o servidor público notificou o corregedor do órgão em Brasília, Marcos Lopes Guimarães, pedindo que ele tomasse as providências cabíveis.

O procurador-chefe do Ibama, Geraldo Campos Pinto, garante que não há irregularidades na contratação da empresa. “Foi feita uma licitação pública em nível nacional, que é o que determina a lei.

Três empresas concorreram num pregão público eletrônico.

Contratamos a que ofereceu menor preço”.

Sobre o serviço, ele apresentou laudo técnico assinado pelo engenheiro agrônomo do Ibama Eduardo Sobral da Costa que avalia a situação de cada árvore e recomenda o que deve ser feito.